História: tucano é
contra o Bolsa Família, sim !
Começou com o “Bolsa Esmola” … É tudo burro, FHC ?
O
Conversa Afiada publica a opinião dos tucanos – e do PiG (
ver no ABC do C Af) – sobre o Bolsa Família, desde 2004:
2004
José Serra, Folha de S.Paulo, em 16 de fevereiro de 2004:
“Outro
sucesso publicitário tem sido o Bolsa-Família, que, em sua maior parte,
agrega os programas de transferência de renda herdados do governo
passado”.
“Essa área, que prometia ser
prioridade do atual governo, tem sido alvo de constantes retrocessos.
(…) O Bolsa-Família, cuja nova prioridade é a periferia das grandes
cidades, não vai chegar aos grotões e lugares como carvoarias,
plantações de sisal e pedreiras. Essas crianças voltarão ao trabalho,
pois os especialistas são unânimes em alertar que o auxílio mensal não
pode ser interrompido. Mas, infelizmente, o atraso é constante”.
Arthur Virgílio, em 9 de março de 2004:
É
do conhecimento público que o Planalto possuía um cadastro com mais de 8
milhões de beneficiários. Por que o Bolsa-Família só atendeu 3,6
milhões de famílias?”.
Editorial do PSDB, Bolsa Esmola, em setembro de 2004:
“Para
um governo comandado por um partido que historicamente se fortaleceu
sob a bandeira da redenção dos pobres de todo o país, o balanço das
políticas federais de inclusão social tem sido profundamente
desapontador. (…) O programa Fome Zero, eixo central do discurso de
campanha do então candidato petista, Luiz Inácio Lula da Silva, sofre de
inanição desde a sua festejada criação e atabalhoada execução. (…)
Trata-se de um símbolo tristonho da negligência governamental para
aquela que seria prioridade absoluta da atual gestão. Os entraves dos
programas sociais do governo federal são a evidência clara de uma
política embotada pelo apego a números que podem render dividendos
políticos musculosos, porém com eficácia social bastante questionável.
São 4,5 milhões de famílias beneficiadas, orgulha-se o Palácio do
Planalto. O risco é que, ao fim do mandato petista, boa parte delas
continue à espera da esmola presidencial”.
Em 16 de setembro, o então senador Teotônio Vilela Filho (PSDB-AL), hoje governador de Alagoas:
Esse
descompromisso termina transformando os programas (…) em mero
assistencialismo, esterilizando por completo todo seu vasto potencial de
transformação social. Virou esmola. Virou assistencialismo puro”.
O líder do PSDB na Câmara, deputado Alberto Goldman, em 2004:
“Qual
não minha surpresa quando o ministro Patrus veio a público defender a
inoperância no controle da assiduidade escolar sob a justificativa de
que mais importante do que garantir a frequência seria assegurar às
famílias uma fonte de renda”.
Rodrigo Maia (PFL-RJ):
“Esse programa de transferência de renda da história do Brasil tem mostrado suas falhas e mazelas
(…)
Fernando Henrique Cardoso, em entrevista à revista IstoÉ Dinheiro:
“O
Fome Zero é o maior gol contra que eu já vi. Mexeram errado na área
social. Tiraram do Bolsa Escola a característica que era dar o dinheiro
para as famílias manterem seus filhos na escola. Na Educação, estão
dando abatimento fiscal para escolas privadas e abandonaram a ênfase no
ensino básico. Na Saúde, o que foi feito de novo? Nada”.
2005
Senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA), da tribuna do Senado
“O
governo se apóia, na área social, em iniciativas demagógicas e
assistencialistas que visam, tão-somente, a criar uma relação de
dependência entre Estado e os elementos mais pobres da população. Esse
assistencialismo antiquado é mais conhecido pelo nome de Bolsa-Família.
(…) O Bolsa-Família, tal como foi desenhado, é incapaz de combater a
pobreza e de promover a inclusão social dos mais pobres, como apregoa.
(…) O atual Governo, lamentavelmente, além de manter práticas atrasadas
em diversas áreas, também o faz no campo da assistência social. O que se
viu até agora foram projetos de cunho populista fracassados, como o
Bolsa-Família, denominado pelo jornalista Demétrio Magnoli, como “O
Mensalinho dos Pobres”.
José Serra, no Estadão:
“Quem torna o povo cativo da falsa caridade, transformando recursos públicos em demagogia eleitoreira, não é ético”.
José Agripino:
“A
única obra em andamento é a Bolsa-Família, por ser um programa
paternalista com o intuito de barganhar votos nas eleições gerais do ano
que vem”.
FHC, na revista Agenda 45:
“As
políticas de transferência de renda do tipo Bolsa Escola, agora
rebatizada de Bolsa Família, dão um alívio imediato, mas também não são
suficientes”.
Senador Cássio Cunha Lima (PSDB):
“Os programas de bolsas não resolverão as dificuldades às quais os segmentos mais carentes estão submetidos”.
Alberto Goldman, à IstoÉ:
“As
famílias entram nesse sistema assistencialista sem perspectiva de sair.
É quase condenar o cidadão a viver o resto da vida na dependência do
Estado.”
2006
Álvaro Dias:
“Os
programas sociais no Brasil estão sendo utilizados indevidamente, o que
configura má aplicação de dinheiro público. Não podemos ficar
indiferentes a essa questão.”
Arthur Virgilio:
“(O
governo) limitou-se a distribuir dinheiro a fundo perdido, sem nenhuma
exigência de contrapartida educacional, sem nada, quase que uma esmola
eleitoreira.”
FHC ao Correio Braziliense:
“Na
área social, o Bolsa-Família juntou o que já havia antes, mas tirou o
nervo. Quando se faz um programa dessa natureza, não é só dar o
dinheiro. É dar dinheiro para melhorar. Mas os requisitos diminuíram”.
Carta aos Eleitores do PSDB, às vésperas das eleições presidenciais:
“(…)
não devemos temer a Bolsa-família. Ela não apenas resultou de programas
que nós criamos (inclusive a preparação técnica para a unificação dos
programas) como vem sendo desvirtuada pela velocidade eleitoreira com
que cresce e pelo descuido na verificação da satisfação de requisitos
para sua obtenção. E sobretudo porque tem sido feita no embalo da pura
propaganda eleitoral, tornando um propósito saudável, pois inauguramos
estes programas como um ‘direito do cidadão’, numa benesse do
papai-Presidente. Na verdade por este caminho formar-se-á uma nova
clientela do governo. Se a ela somarmos a clientela dos assentados pela
reforma agrária que não são emancipados, quer dizer, que não produzem
para pagar seus compromissos e dependem a cada ano de novas
transferências de verbas orçamentárias, estaremos criando o maior
exército de reserva eleitoral da história. Aí sim caberá o “nunca se viu
neste país…!”
2007
Aécio Neves, ao Estadão:
O Bolsa-Família precisa ter portas de saída tão estimulantes quanto as de entrada.
(…)
Não
quero crer que a ampliação do Bolsa-Família possa ser o grande projeto
de um governo. Ele foi essencial num dado momento, mas tão ou mais
importante do que ele é criar condições, através da qualificação, de
novas oportunidades de trabalho para as famílias que hoje dependem do
programa”.
Geraldo Alckmin:
“Sou
favorável aos programas de complementação de renda. Mas eles não podem
virar moeda de troca com o voto. Eu disse na campanha que o
Bolsa-Família é transitório e que precisamos gerar empregos. Tanto bati
na tecla certa que ficou na agenda nacional”.
Deputado Duarte Nogueira, hoje presidente do PSDB:
“Criamos
uma rede de proteção social formada por programas de complementação de
renda – como o Bolsa-Alimentação, o Bolsa-Escola, o Vale-Gás,
espertamente apropriados pelo governo Lula – que os herdou, os rebatizou
e os transformou em um sustentáculo do seu projeto de poder”.
FHC, em 6 de junho, no site do partido:
“Se
quisermos projetar um futuro que não seja de esmolas para os pobres
disfarçadas em bolsas e de concentração de renda ainda maior, temos que
assegurar à maioria condições para competir e obter emprego, com melhor
educação e mais crescimento econômico. Caso contrário seguiremos no rumo
do apartheid moderno, que transforma o Estado em casa de misericórdia e
o mercado em apanágio dos bem educados”.
Tasso Jereissati
“Fizemos
o projeto São José [de assistência social], aqui no Ceará, que guarda
semelhanças como Bolsa Família, mas não dava esmolas”.
2008
FHC ao Estadão:
“[A
Bolsa Família] é paliativo, se não for conjugada a uma política de
geração de empregos. Aumentar consumo, essas bolsas aumentam. Mas toda
política social compensatória precisa ter porta de entrada e de saída,
do contrário é ruim. A Bolsa-Escola, por exemplo, tinha uma clara porta
de saída: terminou a escola, terminou a bolsa. No caso das gestantes,
terminou a gravidez, terminou a bolsa. No Bolsa-Família, isso ficou
confuso. Como vai ser a saída? Não está pensado. Agora ampliaram a faixa
de atendimento do programa. É preciso ver se não há duplicação no
atendimento. Eu não ando pela periferia de São Paulo, mas a Ruth
(Cardoso, antropóloga e ex-primeira-dama) anda. E constata que há uma
oferta grande de bolsas sociais – a do município, a do Estado, a do
governo federal. Isso, num primeiro momento, pode ser bom. A longo
prazo, pode criar uma camada de dependentes do Estado”.
Arthur Virgílio:
“O
governo Lula é absolutamente inepto e não cria portas de saída desses
programas, tornando as pessoas dependentes a vida inteira. “
2010
Tasso Jereissati:
“Vai acabar todo mundo no Bolsa Família e ninguém produz mais nada.”
José Serra, durante a campanha presidencial:
“Aliás, o Bolsa-Família é uma criação do governo FHC – uma junção do Bolsa-Escola e do Bolsa-Alimentação”.
Mônica Serra, espora do hoje senador eleitor por São Paulo:
“As pessoas não querem mais trabalhar, não querem assinar carteira e estão ensinando isso para os filhos”.
2011
FHC:
“A
Bolsa Escola, por exemplo, foi a origem de todas as bolsas.
Distribuímos 5 milhões de bolsas e eu não usei isso como se fosse
dádiva”.
“As políticas compensatórias iniciadas no governo do
PSDB – as bolsas – que o próprio Lula acusava de serem esmolas e quase
naufragaram no natimorto Fome Zero – voltaram a brilhar na boca de Lula,
pai dos pobres, diante do silêncio da oposição e deslumbramento do país
e… do mundo! (…)
José Serra, em O Globo:
“Oito
anos depois, eis que ressurge do esquecimento com um novo nome, “Brasil
sem Miséria”, num relançamento que também deveria ter sido retumbante.”
Álvaro Dias, no Roda Viva:
“[O
Bolsa Família] mantém na miséria porque estimula a preguiça. Inclusive,
há gente que não quer trabalhar porque não quer ter carteira assinada e
perder o benefício”.
Aécio Neves:
“Posso
adiantar para vocês que o PSDB fará em outubro o seu primeiro grande
evento nacional, onde vamos resgatar o nosso legado, as principais
figuras que construíram a estabilidade econômica e o maior plano de
inclusão social do Brasil, que não é o Bolsa-Família, é o Plano Real”.
2013
Aloysio Nunes, na tribuna do Senado:
“(…)
É preciso que se pergunte à Presidente que contas são essas, porque o
número de miseráveis no Brasil aumenta e diminui ao sabor dos governos
do PT. O objetivo do PT quando era oposição e mesmo quando assumiu o
Governo Federal era, segundo o Presidente Lula, garantir, nos seus
primeiros quatro anos de Governo, três refeições diárias a 9,3 milhões
de famílias, ou seja, 44 milhões de pessoas. E os 16 milhões do
lançamento do Brasil sem Miséria? Os 19 milhões que são anunciados nas
estatísticas oficiais e repetidos pela Srª Presidente, que já teriam
saído da miséria nos últimos dois anos? Ou, ainda, 22 milhões, dentre os
quais a Presidente diz que ainda precisam ser resgatados 2,5 milhões da
situação de miséria?”.
José Serra ao Jornal da Cidade 2ª Edição, na Rádio Metrópole
“Bolsa
Família não é a solução. Ele estaciona. Para a pessoa subir na vida
precisa mais do que isso. Não se fez inovação nenhuma”.
Aécio Neves:
“O
Brasil não pode viver exclusivamente desse benefício. Um pai de família
não pode querer deixar de herança para o seu filho um cartão do Bolsa
Família.”
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