Esqueçam o que eu escrevi - O idoso ataca de novo

FHC procura campanha de Marina para apoio a Aécio
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso iniciou ontem uma ofensiva por telefone para conquistar o apoio de Marina Silva à candidatura de Aécio Neves (PSDB), no segundo turno das eleições. FHC e representantes da cúpula tucana já procuraram interlocutores da ex-senadora para fazer a ponte que resultará na aliança eleitoral contra a presidente Dilma Rousseff (PT).
Fora do segundo turno, Marina telefonou na manhã de ontem para Dilma e Aécio, candidatos que seguem na disputa pelo Palácio do Planalto, para parabenizá-los pelo desempenho na campanha, mas não tratou de apoio com nenhum dos adversários.
A pessebista reuniu, na manhã de ontem, em São Paulo, seus principais interlocutores para traçar as estratégias para os próximos dias. Na noite de hoje, haverá uma reunião da Rede para definir a posição do grupo político de Marina. O PSB fará um encontro separadamente e a decisão deve ser anunciada até a quinta-feira (9). Apesar da inclinação de Marina por Aécio, o presidente nacional da sigla, Roberto Amaral, defende o apoio a Dilma.
De acordo com aliados, a ex-senadora está atenta ouvindo pessoalmente as opiniões de Bazileu Margarido, Neca Setúbal, Pedro Ivo, João Paulo Capobianco e Walter Feldman, mas já indicou que, caso não haja consenso entre Rede e PSB, definirá seu posicionamento individualmente. Amaral e o vice de Marina, Beto Albuquerque (PSB), devem chegar para o fim da reunião. Albuquerque defende apoio ao PSDB no segundo turno.
Marina quer que pontos de seu programa de governo sejam incorporados à candidatura neoaliada. Sustentabilidade, comprometimento com o fim da reeleição e a manutenção das conquistas dos últimos anos, incluindo os programas sociais do PT, figuram na lista dos principais itens.
PETISTAS
Interlocutores de Marina afirmam que também foram procurados por petistas. No entanto, Marina está bastante magoada com a campanha que o PT lançou contra ela desde o início de setembro, em que investiu na desconstrução da imagem de “nova política”. A ex-senadora deixou claro, inclusive publicamente, que não deve estar com Dilma no segundo turno.
Em seu primeiro pronunciamento após o resultado das eleições, na noite do domingo (5), Marina disse que o Brasil “sinalizou claramente que não concorda com o que está aí”.

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