As análises mais maldosas que li nos ultimos tempos

Dólar segue a tendência de alta, enquanto Bovespa cai
Faltando apenas três dias para as Eleições 2014, os resultados das últimas pesquisas para presidente da República têm mantido uma tendência de alta do valor da moeda norte-americana e queda no Índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa). Os investidores estão preocupados com o futuro do País e, por esse motivo, o dólar fechou o dia cotado a R$ 2,48, e a Bovespa fechou em baixa pelo terceiro pregão seguido. De acordo com especialistas, fatores internos e externos têm causado inúmeras dúvidas para quem pretende investir no Brasil, no longo prazo.
O dólar à vista, que é referência no mercado, apresentou uma elevação de 1,37%, chegando a ser vendido por R$ 2,487. O dólar comercial, usado no comércio exterior, subiu 1,46%, fechando a R$ 2,485. Ambos estão no maior patamar desde 8 de dezembro de 2008. No cenário doméstico, dados econômicos ruins têm contribuído para a saída de recursos do País. “Temos cada vez mais os fundamentos econômicos deteriorados. Ontem (anteontem), tivemos a divulgação da política fiscal, resultado pífio e que deixa em perspectiva uma redução de nota de crédito, embora as agências de rating estejam sendo bastantes cuidadosas, por causa do período eleitoral. Mas essa bondade vai acabar”, disse Sidnei Nehme, diretor da NGO Corretora de Câmbio.
Ainda ontem, a agência de classificação de risco S&P (Standard & Poor’s) afirmou que o próximo governo precisará implementar mudanças fiscais para evitar uma piora na avaliação brasileira em 2015. Em março, ela já havia reduzido a nota de avaliação do Brasil de “BBB” para “BBB-”. Apesar da queda, a nota do País continua no chamado grau do investimento, ou seja, de mercado considerado seguro para se investir. O diretor da NGO disse que o componente eleitoral agiliza o processo de subida da moeda norte-americana. “O dólar caminharia, naturalmente, para uma alta. Mas o movimento especulativo agiliza esse aumento da moeda”, advertiu.
Ele afirmou, ainda, que o dólar deverá ficar em um novo patamar, na faixa de R$ 2,55 a R$ 2,60. O BC vendeu, ontem, a oferta de até 8.000 contratos de swap cambial para rolagem dos contratos de novembro. Com isso, rolou cerca de 4,5% do lote total, equivalente a US$ 8,84 bilhões. Pela manhã, o BC também deu continuidade às intervenções diárias no mercado de câmbio, vendendo a oferta total de até 4.000 contratos de swap (equivalentes à venda futura de dólar), com volume correspondente a US$ 197 milhões. Foram vendidos 500 contratos para 1º de junho e 3.500 para 1º de setembro de 2015.
BOVESPA
O Ibovespa, principal índice da nossa Bolsa de Valores, fechou com baixa de 2,32%, aos 52.858 pontos, menor pontuação desde 5 de junho último. No acumulado da semana, já apresenta uma queda de 7,6%. De acordo com Bruno Piagentini, analista da Coinvalores, a disputa eleitoral foi o principal motivo para a queda da Bolsa, ontem, um dia após a divulgação de pesquisas mostrando a liderança da candidata Dilma Rousseff (PT) na disputa pelo Palácio do Planalto. “Vimos nas últimas pesquisas que vantagem de Dilma se manteve, e isso causa uma aversão, principalmente, por parte dos investidores estrangeiros que não gostam desse perfil interventor do governo”, disse.
Na terça-feira (30) foi divulgada a pesquisa Datafolha que mostra acirramento entre Aécio e Marina, pelo segundo lugar. Dilma lidera, isolada, com 40%, enquanto a pessebista tem 25% e o tucano, 20%. A pesquisa Ibope traz cenário parecido. Nela, Dilma aparece com 39% das intenções de voto, seguida por Marina, com 25%, e Aécio, com 19%.
Dos 69 papéis do Ibovespa, 57 caíram e apenas 12 subiram. As ações preferenciais da Petrobras, as mais negociadas, encerraram o dia com queda de 5,53%, vendidas a R$ 17,09. Os papéis ordinários da empresa, com direito a voto, caíram 4,93%, comercializadas a R$ 16,40. Após perderem 15,2% em dois dias, as ações do Banco do Brasil esboçaram uma recuperação, ontem, e subiram 1,58%, a R$ 25,70. Já os papéis preferenciais da Eletrobras encerraram o dia em baixa de 3,07%, a R$ 9,79, e os ordinários caíram 3,96%, a R$ 6,30.
Esses papéis são os mais sensíveis à atual disputa eleitoral. Isso porque parte dos investidores acredita que uma vitória da oposição significaria uma diminuição na intervenção do governo nas empresas. Logo, quando Dilma sobe nas pesquisas, os papéis da companhia desvalorizam-se.

INTERNACIONAL
Diversas questões estão preocupando os investidores de outros países, segundo advertiu Pedro Paulo Silveira, economista-chefe da TOV Corretora. “Parte importante do movimento de hoje (ontem) está relacionada à queda global dos mercados internacionais. As bolsas americanas e europeias fecharam em baixa, em um mau humor internacional generalizado”, disse. Na Alemanha, a atividade industrial encolheu pela primeira vez, em 15 meses, em setembro. O crescimento do setor industrial da zona do euro desacelerou mais com a queda nas novas encomendas.
Já nos Estados Unidos, o crescimento do setor industrial desacelerou mais que o esperado, em setembro, mesmo com aceleração do aumento das vagas no setor privado, sinais de uma expansão irregular na economia norte-americana. E os gastos com construção, no país, caíram inesperadamente em agosto, impactados por gastos privados mais fracos fora do setor de moradias e um recuo nos investimentos públicos.

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