De quem é o trono?
Temos uma presidente, Dilma Rousseff. Como viajou a Nova York, teve de
ser substituída, como se estivéssemos na época em que as comunicações
eram feitas via marítima, por carta. Temos um vice-presidente, Michel
Temer. Tem palácio bem abastecido, carros, empregados, seguranças,
jardineiros, passagens, e uma única obrigação em troca do salário:
substituir a presidente em suas ausências. Como agora. Mas não pode
assumir: candidato a vice de Dilma, se assumir perde o direito a
candidatar-se. Arrumou-se então uma viagenzinha ao Exterior, para que o
vice não tenha de cumprir sua única obrigação legal.
O presidente da Câmara seria o terceiro da lista, mas se assumir não
pode ser candidato ao Governo do Rio Grande do Norte. O presidente do
Senado seria o quarto, mas não pode assumir porque seu filho é candidato
ao Governo alagoano.
Temos quatro, não temos nenhum. Quem ocupa a Presidência até amanhã,
quinta, é o quinto: o presidente do Supremo, Ricardo Lewandowski. Qual
sua função? Não pode tomar iniciativas, não pode demitir, não pode
nomear. Está lá só para manter a cadeira quentinha à espera da volta da
presidente Dilma.
Quem substitui Barack Obama quando ele viaja? Ninguém: onde quer que
esteja, é o presidente em exercício. Tem um vice, que só assume em
emergências.
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