Uso das palavras da
Rosana Schwartz, para compartilhar de sua ,dela, idéia. “O futebol é campo fértil de
reflexões e aprofundamentos sobre relações de poder. Interfere nas estruturas
sociais, na construção de identidades nacionais e é elemento fundamental do
imaginário social brasileiro. Desvela íntima ligação entre política, esporte e
projetos políticos. Copa de 1970
associou a vitória da Seleção Canarinha à ideia de Brasil Potência, de
possibilidades. Significou simbolicamente a união nacional em direção ao
desenvolvimento e por meio do ‘verdeamarelismo’ a imagens de brasileiro ativo,
forte e competitivo. Constituiu-se em
oportunidade singular utilizada pelo regime militar (1964- 1985), para se
manter no poder e ampliar o projeto nacional-desenvolvimentista com construções
de obras de grande envergadura, crescimento econômico e estabilidade das
classes médias. Acreditavam que esse projeto apagaria o imaginário de nação
“cadinha”, dependente e atrasada e justificaram em nome dessa política,
repressão àqueles que o regime classificou de entraves ao sistema –
antinacionalistas, antibrasileiros, terroristas. Não obstante, além de
compreender o futebol como instrumento político a serviço do controle de massas
pelo poder, é necessário também perceber os múltiplos elementos que conferem a
esse esporte caráter mágico local e global. As Copas possuem efeitos saneadores
das diferenças sociais, mesmo que temporários, provocam confraternizações,
solidariedades e disputas. Afloram identidades e trocas simbólicas
culturais. A Copa de 2014 é um
espetáculo inserido na sociedade do espetáculo tecnológico. Pertence ao mundo
conectado pela internet carente de transformações no fazer e praticar política,
ou seja, do “novo” contra o “velho” arcaico. É um evento mundial no meio das
inúmeras reivindicações pontuais dos coletivos sociais. Reaviva problemas da
vida cotidiana, questões debatidas e levantadas durante as manifestações nas
ruas, em junho e julho de 2013, como - o distanciamento dos partidos históricos
de esquerdas dos movimentos sociais, corrupção, gastos governamentais
desnecessários, inclusive para a realização do evento, nepotismo e preconceito
étnico, racial e de gênero. A denominada
“Copa das Copas” (pelos partidários do governo), desenterra e arranca dos seus
protagonistas, múltiplas percepções e posicionamentos políticos. Realça a
função e importância de cada setor da sociedade - governo, seleção, imprensa,
políticos e torcedores. Todos significativos no conjunto das relações políticas
e sociais. Traduz nas disputas nas arenas dos diferentes Estados, dilemas
nacionais e internacionais. Equilibra individualismo e coletivismo na busca de
interesses gerais. Democraticamente o
futebol nos dias atuais, possibilita muito mais do que seu uso para fins
eleitorais, abre espaço para múltiplas opiniões e entendimentos divergentes e
convergentes sobre política e esporte. Recria e resinifica o imaginário social
sobre o Brasil e sua identidade aos olhos dos estrangeiros e dos próprios
brasileiros.” *Rosana Schwartz é
professora de comunicação , História, pela Pontifícia Universidade Católica de
São Paulo - PUC/SP (2007). Professora Pesquisadora da Universidade
Presbiteriana Mackenzie, desde 1999. Graduação em Comunicação Social:
habilitação em Jornalismo e Publicidade e Propaganda.
A frase: “Muitas vezes é a falta de caráter que decide uma partida. Não se faz
literatura,política e futebol com bons sentimentos”. Nelson Rodrigues.
Pura maldade
Mandaram pra mim, num e.mail
desses anônimos: “Voce não irá pro céu. Nenhum dos seus amigos vai estar por lá”.
Digo-lhes eu; e quem disse que eu queria ir pro céu?
Chico bom de bola (Nota da foto)
O Papa e a bola -
A
editora Valentina vai lançar aqui, em outubro, o livro “O Papa que ama o
futebol — A inspiradora história do menino que se tornou o Papa Francisco”, do
americano Michael Part. A obra conta detalhes sobre a relação de Jorge Mario
Bergoglio com o esporte. O Papa, como se sabe, é torcedor do San Lorenzo, time
de Buenos Aires. Bem que podia falar como Chefe dele sobre nós na Copa.
E depois?
Quero ver a cara do Brasil no dia 14, um
dia após o fim da Copa do Mundo de Futebol. Ganhe quem ganhar vai ficar um
buraco na turma dos jogos da tarde.
E tem mais...
Vai rolar férias escolares, recesso
parlamentar, viagens pro interior por conta de catar voto e...deixa ver...umas
louras suadas sem motivos aparentes.
Bem na fita
O Rio de Janeiro deverá ter 550 mil
turistas durante a Copa. Fortaleza, 400 mil no mesmo período. Isso quer dizer
que o caminho é esse. Cuidar pra ser cuidado.
80
anos sem meu Padim
No
dia 20 deste mês o Nordeste e o Brasil estarão presentes em Juazeiro do Norte
para celebrar os 80 anos de morte do Padre Cícero Romão Batista.
Missa
na TV
A
missa do Padre Cícero ou missa do dia 20, é uma tradição desde 1934 e se popularizou
ainda mais nos últimos 8 anos, quando passou a ser mostrada pela TV ao vivo
para todo Brasil.
“Fracasso” da Copa
Foi de 98% a ocupação do Castelão nos
jogos da Copa em Fortaleza. Até ontem mais de 600 mil pessoas frequentaram a
Fan Fest(Fan Fest o cacete!) em Fortaleza. Teve Copa.
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