Brics: foi bom pra todo mundo


Banco do Brics terá sede em Xangai e presidente indiano
Os chefes de estado dos cinco países que formam o bloco do Brics – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul (Dilma Rousseff, Vladimir Putin, Narenda Modi, Xi Jinping e Jacob Zuma, respectivamente) –, assinaram a Declaração de Fortaleza, documento oficial da VI Reunião de Cúpula do Brics, que aconteceu no Centro de Eventos do Ceará (CEC). O documento destaca que, para iniciar o segundo ciclo de Cúpulas do Brics foi escolhido como tema: Crescimento inclusivo: soluções sustentáveis. A criação do Banco de Desenvolvimento do Brics – que terá sede em Xangai e será presidido por um indiano, e do Arranjo Contingente de Reservas –, foram os principais destaques da VI Cúpula (veja matéria coordenada, abaixo, e na página 10). O Conselho de Administração do banco será presidido por um brasileiro e o Conselho de Ministros, por um russo. Escritório regional será na África do Sul.
A presidente Dilma Rousseff destacou que esta foi uma das mais produtivas reuniões desde a criação do bloco econômico. “Tomamos, hoje, uma decisão histórica da criação do Banco do Brics, com o Acordo Contingente de Reservas. Quando iniciamos as negociações relativas a estas instituições, poucos acreditavam que se tornariam realidade tão rapidamente. Este dinamismo dá a dimensão exata do engajamento e empenho em fortalecer nossa parceria e, por meio dela, dar uma contribuição importante para a reconfiguração de governança econômica internacional”, disse.
A DECLARAÇÃO
Os representantes do Brics ressaltaram a importância em promover a paz, a segurança, o desenvolvimento e a cooperação internacionais. Proteção ao meio ambiente e erradicar a pobreza extrema são outros pontos destacados. E demonstraram grande preocupação com os conflitos regionais que ameaçam a paz mundial. “Condizente com as políticas macroeconômicas e sociais inclusivas, implementadas pelos nossos governos e com o imperativo de enfrentar desafios à humanidade, postos pela necessidade de se alcançar, simultaneamente, crescimento, inclusão, proteção e preservação”, diz o documento.
Foi assinado, ainda ontem, um acordo para cooperação entre bancos de desenvolvimento dos cinco países. Segundo o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (Bndes), Luciano Coutinho, o foco dos projetos é a infraestrutura e energia sustentável; inovação de processos e produtos em diversas áreas da indústria, de serviços e do agronegócio. “Somente aqui no Brasil, deveremos ter investimentos da ordem de R$ 4 trilhões, entre 2014 e 2017”, disse.

Nenhum comentário:

Postar um comentário