Opinião

S&P e Tripé
 
Inicialmente, pedimos desculpas pela aridez do assunto, bem como pela extrema limitação do texto. Nossa intenção nas poucas linhas a seguir, se for o caso, é despertar no leitor a curiosidade sobre o momento da economia brasileira, notadamente no que os analistas chamam de “avaliação de risco” e “tripé macroeconômico”. A Standard & Poor’s(S&P) é uma agência de classificação de risco cujo objetivo é medir a confiança dos investidores internacionais na economia de determinado país. As notas atribuídas servem como orientação para aplicação de recursos externos. No último dia 24 de março, a S&P reduziu de BBB para BBBˉ, com perspectiva neutra, a nota de risco do Brasil, ou seja, a atração por capitais financeiros ficou mais difícil. O Brasil está no limite inferior do grau de investimento, próximo ao grau especulativo(alto risco de inadimplência). O sinal amarelo acendeu. Acreditamos que a situação é complicada, no entanto, não é trágica desde que se procure uma correção de rumo. A maioria dos economistas acredita que o caminho é a volta do “tripé macroeconômico” utilizado no período de 1999 a 2012: câmbio flutuante, meta fiscal e regime de metas de inflação. No momento, os três itens mencionados não se apresentam favoráveis. O câmbio, de certa forma, vem sendo administrado pelo governo. A meta fiscal dificilmente será alcançada (superávit primário). Já a taxa de inflação, vem se distanciando do centro da meta(4,5% ao ano), mesmo com a elevação da taxa básica de juros(selic). Ressalte-se, esta resumida análise não é sistêmica, envolvendo outros aspectos, mas apenas de natureza econômica.
Gonzaga Mota – professor e escritor

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