BRICS quer formam bloco economico mundial


Encontro fortalecerá as relações entre os países
Durante o dia de ontem os embaixadores dos países que compõem o grupo do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) estiveram em Fortaleza, reunidos em um seminário que antecede a sexta reunião da cúpula, a se realizar no próximo mês de julho, também na Capital cearense. Na ocasião, os representantes destacaram a importância do grupo, bem como as contribuições, relações comerciais e oportunidades entre os países membros, além das expectativas quanto ao evento que se aproxima. Também foi anunciado que o Banco de Desenvolvimento do Brics deverá ser criado a partir da cúpula de Fortaleza, e terá como país-sede a África do Sul.
O seminário, realizado na Universidade de Fortaleza (Unifor), contou com a presença dos embaixadores José Alfredo Graça Lima, representando o Brasil; Sergey P. Akopov (Rússia); Ashok Tomar (Índia); Li Jinzhang (China); e Mphakama Nyangweni Mbete (África do Sul). A 6ª Cúpula do Brics, presidida pelo Brasil, vem se tornar um evento tradicional de grande importância, do ponto de vista da formação desse grupo, do fortalecimento geopolítico e da cooperação prática entre seus membros, em diversos anos. De acordo com o embaixador russo Sergey Akopov, o encontro terá, ao mesmo tempo, um impacto maior do que nunca, na política internacional.
O representante da Índia ressaltou a importância do Brics, “pois surgiu como um valioso fórum para consulta, cooperação em questões globais, que ajudam a promover a confiança e compreensão mútuas, e também tem facilitado a evolução de posições convergentes do Brics a muitas questões, como as reformas de instituições de liderança global, com apoio a uma ordem mundial democrática, em particular, a OMC”, ponderou, por sua vez, o embaixador Ashok Tomar. Ele acrescenta que o Brics é um grupo único, “com desafios, oportunidades e responsabilidades comuns, em meio a divergências”.
Conforme destacou Tomar, a importância do Brics está em trabalhar, em conjunto, para reformas globais de governança política e econômica. “O grupo é sério, competente e responsável, com cinco economias dinâmicas, e o vemos como novo polo de crescimento”, ressaltou. Disse que a cúpula dará a oportunidade de consultas, entre eles, e coordenar posicionamentos de diferentes questões. “Ela sublinha as aptidões, solidariedade, cooperação dos países do Brics, além da ajuda de uns aos outros, o que também contribui para suplantar os desafios globais e regionais”, acrescentou.
INTERESSES
Em todos os países em que o Brics se manifesta, em favor da consolidação do papel central da ONU e do conselho de segurança no sistema internacional, são fiéis ao princípios do direito internacional. Um dos interesses estratégicos, segundo Sergey Akopov, “é que o Brics - uma aliança dos reformadores do sistema financeiro e monetário internacional, focada em nossas economias e nos países que ocupam lugar nesse sistema -, tenha um papel acrescido de nossas economias no mundo”.
Outro interesse estratégico é o máximo aproveitamento do caráter complementar das cinco economias, para acelerar o crescimento econômico. “Os nossos mercados, em conjunto, representam três bilhões de consumidores, e é possível aproveitar esse fator, ao máximo, acentua Sergey Akopov. Outro destaque estratégico é a modernização, “um desafio que todos os nossos países enfrentam, tanto da esfera econômica, como social”, apontou o embaixador russo. “Temos certeza de que a massa crítica de nossos interesses comuns contribuirá para um trabalho bem sucedido da próxima cúpula”, destacou.

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