Punição à vista para militar de fibra
No Forte Apache, onde fica o Comando do Exército, já se dava ontem como certo que o General Enzo Pery vai solicitar uma punição disciplinar ao Coronel da reserva Paulo Ricardo da Rocha Paiva.
O
Coronel Paiva teve a coragem, a honra e a ousadia democrática de tecer
comentários, em negrito, sobre o texto da Ordem do Dia de 19 de Abril
(Dia do Exército) – de autoria do General Enzo.
Caso
a ameaça de punição se concretize, estará criada uma crise militar de
proporções imprevisíveis, já que Rocha Paiva é irmão do General Luiz
Eduardo da Rocha Paiva, um dos principais representantes do pensamento
militar que se contrapõe ao projeto nazi-comunista do Foro de São Paulo –
que promove a sistemática destruição moral e operacional das Forças
Armadas Brasileiras.
Por Paulo Ricardo da Rocha Paiva
Nota do Editor: O
texto, abaixo, foi originalmente escrito e lido pelo Comandante do
Exército na Ordem do Dia 19 de Abril – Dia do Exército. O Coronel Paulo
Ricardo da Rocha Paiva exerceu o direito democrático de livre pensador
para fazer sua análise-crítica nos trechos em negrito. Agora, o Coronel
corre o risco de ser alvo de censura e de ação disciplinar por expor a
verdade. Confira:
Nota
minha: A Ordem do Dia do submisso Comandante do Exército está em letras
normais. Logo abaixo, o comentário em negrito do Cel. Paiva sobre cada
parágrafo da malfadada Ordem do Dia do Cmt do Exército, humilhante e
confeccionada com o rabinho entre as pernas.
Obs.: pronto, já disse!! lá vou eu, Cel. Irami da FAB, ser punido também.!!!
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Neste 19 de abril, como acontece a cada ano, celebramos com amor patriótico o Dia do Exército.
Infelizmentemente,
esta data, hoje, está desvirtuada pela paradoxal coincidência com o
“dia do índio”, um dos componentes da até então indivisível
nacionalidade brasileira que, lamentavelmente, após a resolução 1/2 do
Conselho dos Direitos Humanos, de 29 de junho de 2006 (que aprovou o
texto da Declaração das Nações Unidas Sobre os Direitos dos Povos
Indígenas, é de pasmar, com o aval do atual ministro da defesa, naquela
época exercendo as funções de chanceler), fez sua clara opção apátrida e
secessionista, relegando o “espírito forjado em Guararapes” na luta
contra o invasor holandês, alimentando conflito altamente periclitante
para manutenção da integridade territorial do País.
Não
reverenciamos pessoas, mas uma Instituição que se forjou junto com a
Nação brasileira, nas lutas pela liberdade de seu povo, na definição de
suas fronteiras, na manutenção de sua unidade, na consolidação de sua
independência e na proclamação de sua república.
Mas
que atualmente vem sendo humilhada pelo “revanchismo da esquerda”,
orquestrado pelas “viúvas de Che Guevara”, patrocinadas pelo “Foro de
são Paulo” e encasteladas na “Comissão Nacional da Mentira”.
Tudo
começou em 1648, em Guararapes, “onde o Brasil aprendeu a liberdade”.
Como diz o compositor e cantor Martinho da Vila: “Aprendeu-se a
liberdade/ Combatendo em Guararapes/ Entre flechas e tacapes/ Facas,
fuzis e canhões/ Brasileiros irmanados/ Sem senhores, sem
senzalas//...”.
E
tudo começou a acabar em 2008, quando o STF desmanchou o elo urdido por
um exército embrionário em Guararapes, favorecendo a uma única etnia
pela admissão de um kozovo na RAPOSA SERRA DO SOL, ocasião em que faltou
ao Exército a liderança de um Duque de Caxias, que fosse capaz de fazer
o exercício do Poder Moderador, tão eficaz que se mostrava para a
manutenção da integridade territorial da Pátria Brasileira, hoje em
acelerado processo terminal.
Naquelas
lutas para expulsar o invasor, pela primeira vez, a palavra Pátria foi
usada para referir-se ao Brasil. Índios, negros, brancos e mestiços se
uniram de forma definitiva para construir o primeiro empreendimento
genuinamente nacional. Tem-se assim o primeiro registro da fraternidade
racial e cultural, que se afirmou ao longo da formação da nossa
nacionalidade, constituindo-se em amálgama indestrutível que fez e faz
“o Brasil ser BRASIL”.
Infelizmente,
a palavra Pátria atualmente não tem mais aquele significado sagrado dos
tempos antigos, máxime quando o, já aclamado, “ministro da defesa dos
povos indígenas” apôs o seu jamegão irresponsável, descabido e sem
nenhum compromisso com o porvir da nacionalidade, na tal declaração que
entregou nosso gentio à sanha de notórias ONGS patrocinadas, como já se
sabe, pelos grandes predadores militares.
Esse
passado de lutas e glórias nos pertence. É herança de todos nós. A
unidade da Pátria, seus valores, sonhos e esperanças, gestados em
Guararapes, têm sido preservados por todos nós brasileiros – com ou sem
fardas. Dessa certeza, brota a permanente motivação para se lutar por um
Brasil cada vez melhor, para nossos filhos e para os filhos dos nossos
filhos – gerações a fora.
Esses
altruísmos elocubratórios, em verdade, poderiam ser extravasados na sua
justa medida somente quando tivéssemos real capacidade dissuasória para
preservarmos a posse de nossos invejáveis recursos naturais, sem
combate. Nossa motivação, muito mais do que a de lutar, deve ser, sim, a
de fazer o inimigo desistir da luta e não a de transformarmos em heróis
os nossos filhos e netos, sacrificados no altar da Pátria.
Para
isso, o Exército adestra-se, atento à defesa da Pátria – sua missão
mais nobre –, mantendo-se em permanente estado de prontidão para
dissuadir intenções hostis e preservar sua soberania.
Que
se diga, ¨adestrar-se, atento à defesa da Pátria,” somente pela
prontidão para o cumprimento das tais “OPERAÇÕES ÁGATA”, por sinal,
eminentemente policialescas, nada mais é do que brincar com a verdade.
Enfim, “há quem goste de se enganar”, “de tampar o Sol com a peneira”.
Por isso mesmo, “o pior cego é aquele que não quer ver”! As citações são
notórias e corriqueiras, mas, neste momento, não há como não deixá-las
fluir.
Para
isso, o Exército transforma-se – novos materiais, nova doutrina, novas
capacidades –, ganha maior estatura dissuasória, prepara-se para atuar
em ambiente de elevado grau de incerteza, interconectado, cibernético e
pejado de ameaças dinâmicas e imprevisíveis. Nessa empreitada, temos
contado com o apoio atento dos Poderes da República, com destaque
especial para a Senhora Presidenta, Comandante Suprema das Forças
Armadas, e o Senhor Ministro da Defesa.
Se
é que estas “transformações inovadoras” estão realmente ocorrendo, é de
se indagar: para quando? Sim porque até hoje não se respondeu ainda nem
sobre se temos ou não munição suficiente para sustentarmos um dia, que
seja, de combate com um eventual inimigo! Interessante é que, quando se
formula esta pergunta, quem deve respondê-la procura logo estabelecer
uma incongruente “conversa de ébrios“ para confundir o interlocutor, de
forma a que ele traduza para o russo o que lhe é transmitido em chinês.
Quanto ao “apoio” atento dos Poderes da República, é de se protestar
contra esse “apoiamento”, na medida em que a governança só está a
dividir a Força Terrestre pelo “revanchismo” escancarado que escracha o
EB como um todo. Sim, como um todo, porque o Exército Brasileiro não é
composto só pelos militares da ativa, como já pensam alguns alienados,
bafejados pelas benesses dos cargos e funções. Nós, a reserva do VELHO
EXÉRCITO DO MARECHAL HUMBERTO DE ALENCAR CASTELO BRANCO, vamos envergar o
verde-oliva em nosso coração a despeito de tudo e de todos aqueles que,
mesmo transformados por nós em soldados, estão agora cuspindo no prato
em que comeram.
Irmãos
brasileiros, este é o seu Exército! Completamos, no dia de hoje, 365
anos de existência, evoluindo como um corpo vivo, adaptando-nos às
circunstâncias de cada conjuntura, sempre identificado com os propósitos
da Nação brasileira, atento às suas aflições, envolvido com seus
anseios e comprometido com sua índole pacífica e democrática.
Adaptar-se
à conjuntura, para soldados que se prezam, não significa em absoluto
fazer prevalecer: o equilíbrio emocional, que humilha, sobre o brio, que
permite deitar sem culpa a cabeça no travesseiro; o estar de bem com os
superiores, quando isto obriga abrir mão da admiração pelos
subordinados; a disciplina militar prestante, quando esta avilta o respeito pela Instituição e a lealdade para com a Pátria.
Soldados
do Exército Brasileiro – da ativa e da reserva, de todos os quadrantes
do nosso território e em missão no exterior –, comemoremos com
entusiasmo o aniversário do Exército, sob o olhar vigilante do nosso
Patrono, o Pacificador Duque de Caxias! E sigamos unidos, fortes e
confiantes, com o mesmo destemor dos heróis de Guararapes, prontos a
travar todas as batalhas necessárias para contribuir com a construção do
progresso, com a manutenção da ordem e com a preservação da paz desta
grande Nação, a quem servimos.
Até
que ponto seria autêntico este chamamento: -“SOLDADOS DO EB- DA ATIVA E
DA RESERVA”? Seria leviano supor um mise en scène neste gran finale:
-“... DESTA GRANDE NAÇÃO, A QUEM SERVIMOS”?
Enzo
Martins Peri é Comandante do Exército Brasileiro. Paulo Ricardo da
Rocha Paiva é Coronel da Reserva é Coronel da Infantaria e Estado Maior
na Reserva.