Quase R$7 bi pra tocar Fortaleza


Vereadores aprovam Orçamento de Fortaleza
A Câmara Municipal de Fortaleza aprovou, ontem, em primeira discussão, a Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2014, que estima receita e fixa a despesa do município para o exercício financeiro. A previsão é de que o prefeito Roberto Cláudio tenha R$ 6,4 bilhões para gastar em investimentos, pagamento de pessoal, serviços de educação, assistência social, o custeio da máquina, entre outros.
No texto da LOA, aprovado por 30 votos favoráveis e 2 contrários, o prefeito de Fortaleza ressaltou que a proposta representa o primeiro ano do PPA [Plano Plurianual] 2014-2017 e está centrada na concepção de Gestão Pública por Resultados. Destacou ainda que os compromissos assumidos com a população durante o processo eleitoral constituíram preocupação de primeira ordem.
“A Lei Orçamentária Anual projeta um orçamento de R$ 2,39 bilhões, significando uma perspectiva de 14,5% a mais que o orçamento de 2013”, explicou o líder do governo na Câmara, vereador Evaldo Lima (PCdoB). Segundo disse, a expectativa é que o segundo turno de votação da LOA com as emendas e redação final ocorra na próxima terça-feira (10).
ÁREAS
O Orçamento 2014 prevê recursos de mais de R$ 56 milhões para a saúde. Para a área da educação, serão R$ 204 milhões, que servirão para a construção, reforma e ampliação de centros de educação infantil, escolas e construção de quadras poliesportivas. Para a área de mobilidade, serão investidos R$ 260 milhões. Das 341 emendas apresentadas, 322 foram aprovadas de forma consensual, 12 foram rejeitadas pela Comissão de Legislação e Orçamento e 7 foram retiradas pelos autores.
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O vereador João Alfredo (Psol), um dos parlamentares que votou contra a matéria – o outro voto contrário foi da vereadora Toinha Rocha (Psol) - criticou a destinação de mais de R$ 47 milhões para publicidade. Para ele, este valor é altíssimo. “Se fosse essa propaganda para esclarecer a população quais são os sintomas de uma doença grave, por exemplo, ninguém estaria reclamando, mas o que a gente vê é propaganda de obras”, disse.
Alfredo ainda criticou outros valores destinados a áreas que considera importantes, como a habitação. “Vamos ver uma queda brutal na questão da habitação. Em uma cidade onde o déficit habitacional só fez crescer, vamos ter uma redução de 76,27% em relação a 2012. Se formos olhar para a questão da criança e do adolescente, tem redução importante, mas dinheiro para a Copa do Mundo tem. Corta habitação, creche, mas tem dinheiro para a Copa, para viaduto, para publicidade. É muito injusto”, lamentou.

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