Ódio não aceita aperto de mãos entre pessoas bem educadas


Obama aperta mão de Raúl Castro na África
A presidente Dilma Rousseff presenciou um momento histórico: o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, cumprimentou o ditador de Cuba, Raúl Castro, após seu discurso durante a cerimônia religiosa em memória ao ex-presidente da África do Sul, Nelson Mandela. Pouco antes do discurso de Dilma, que falou após o americano, Castro e Obama trocaram apertos de mão.
O ditador cubano sorriu ao cumprimentar o presidente americano, antes que Obama trocasse um beijo com Dilma. O gesto marca uma trégua na longa crise diplomática entre os dois países, que não mantêm relações desde 1962. Desde então, os mandatários americanos e cubanos só se encontram na Assembleia-Geral da ONU e, normalmente, não se cumprimentam.  Em 1999, no entanto, o então presidente Bill Clinton trocou um aperto de mão com o ditador Fidel Castro, irmão de Raúl. Na ocasião, os dois países passavam pela crise diplomática provocada pela disputa entre os pais do menino cubano Elián González.
Reação instantânea
O ato gerou irritação quase que instantaneamente. A oposição republicana nos Estados Unidos, especialmente os políticos ligados à comunidade cubana no país, sentiu-se incomodada com o ato. - Causa-me náuseas - disse a deputada republicana Ileana Ros-Lehtinen, que migrou de Cuba para os EUA ainda criança. - Ele (Obama) apertou a mão de um assassino, há sangue naquelas mãos. Já o senador Marco Rubio, também de origem cubana, disse, em comunicado, que Obama deveria ter questionado o ditador cubano a respeito “das liberdades básicas que são associadas a Mandela e negadas em Cuba”. O senador republicano John McCain foi outro que fez duras críticas ao aperto de mão. Derrotado por Obama nas eleições presidenciais de 2008. “Neville Chamberlain apertou a mão de Hitler”, disse em comparação ao encontro entre o ex-premier britânico com o ditador nazista em 1938.

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