O evento está em cartaz há cinco meses na
Galeria Mestre Vitalino do Palácio do Catete no Rio de Janeiro e se
estenderá até o dia 19 de janeiro numa promoção daquele ministério por
meio do Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular.
A exposição apresenta todo um acervo de obras relacionadas à fé em
alguns municípios de peregrinação religiosa do país e um dos destaques é
Juazeiro do Norte. Na opinião de Raimundão, uma divulgação da mais alta
importância para a terra de Padre Cícero num anexo do prédio que foi
sede do Governo Federal até 1960 e, atualmente, abriga o Museu da
República. A mostra conta com oratórios, fotografias e citações de
romeiros sobre a fé no sacerdote e o amor a Juazeiro.
“A Fé que Move” reúne ainda imagens do Padre Cícero e Nossa Senhora
das Dores, fotos de romeiros e muitos ex-votos, bem como a exibição de
vídeos sobre romarias e a execução de benditos que ecoam no ambiente da
exposição nas vozes do saudoso monsenhor Murilo de Sá Barreto e da Irmã
Annette Dumoulin. A apresentação do evento relata o caso dos Milagres
quando a hóstia se transformava em sangue na boca da beata Maria de
Araújo a partir do relato feito pelo escritor americano Ralph Della Cava
no seu livro “Milagre em Joaseiro”.
O tema da exposição “pegou carona” na recente viagem do Papa
Francisco ao Rio de Janeiro que atraiu católicos de todas as partes para
a Jornada Mundial da Juventude. O evento focaliza os movimentos
coletivos de peregrinação de homens e mulheres à santuários e igrejas
para pedir em oração, pagar promessas e agradecer ao santo de sua
devoção a graça alcançada. Deixa claro que as romarias são um retrato
forte e sensível da expressão do catolicismo popular no Brasil a exemplo
do que ocorre em Juazeiro quando os fiéis transformaram Padre Cícero
num grande fazedor de milagres, árbitro de suas almas e alguém que está
junto deles devendo voltar um dia.
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