Cronica

História de Papai Noel
Gamaliel Noronha

Era uma vez uma cidadezinha bem diferente. Suas casas eram enfileiradas e em cada uma só morava um habitante. O interessante era que cada habitante só passava lá uma parte do dia e na outra parte cedia sua casa para outra pessoa morar. À noite, na hora de dormir, as casas ficavam desabitadas.
E sabe o que os habitantes faziam quando estavam em suas casas? Conviviam com um Papai Noel que lhes dava valiosos presentes.
Era como se o Natal fosse todos os dias. Aliás, no primeiro dia em que Papai Noel apareceu, os moradores ficaram muito tristes, pois não viram aquele saco onde o bom velhinho costuma trazer os seus mimos. Não sabiam eles que ali estava um Papai Noel diferente e cujas oferendas vinham na riqueza de suas palavras.
Daí pra frente, os moradores daquela cidadezinha viveram muito felizes porque tinha a certeza da companhia, todos os dias, de um Papai Noel que desfrutava do poder de distribuir com todos, indistintamente, um presente mandado por Deus: o SABER.
Agora, para terminar minha historinha, uma pergunta:
Vocês querem conhecer essa cidade feliz?
É fácil: ela se chama sala de aula. As casas enfileiradas são as carteiras escolares. Os habitantes, os alunos. Os presentes recebem vários nomes: Matemática, Português, História, Geografia…
Gostaram da história?
Ah, sim, eu não podia esquecer: o Papai Noel chama-se… PROFESSOR!
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Homenagem póstuma a um dos ídolos de minha vida, o doutor Edilson Brasil Soárez que, como diretor do então Ginásio 7 de Setembro, orientou-me, com segurança, no início de minha vida estudantil. Com o insigne professor, no colégio, e com meus modestos pais, em casa, aprendi muito cedo os princípios da ética. Tudo depende dos primeiros passos...

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