Costume de casa vai à praça


Convênio do TJCE para campanha contra o crack ganha repercussão
O presidente do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE), desembargador Luiz Gerardo de Pontes Brígido, participou, ontem, da gravação do programa “Sua Excelência, o Juiz”, da Rádio Justiça do Supremo Tribunal Federal. Na entrevista, o presidente falou sobre o engajamento do Judiciário estadual em campanhas de combate ao uso do crack e destacou o convênio firmado com o Instituto Venelouis Xavier Pereira para apoiar o projeto “Amor à Vida, Crack Não”.
O programa da Rádio Justiça é transmitido aos sábados às 10h15. Também vai ao ar durante o intervalo das sessões plenárias do STF. A rádio é sintonizada em todo o Distrito Federal pela frequência FM 104,7 Mhz. Pode ser acompanhada também pela internet no endereço eletrônico (www.radiojustica.jus.br).
CONVÊNIO
Sobre o projeto, o desembargador Gerardo Brígido destacou a obrigação institucional do TJCE de se engajar na campanha de conscientização sobre o consumo da droga. “Para nós, essa parceria é muito importante, porque estamos engajados nessa luta”. O presidente ressaltou a forte presença do crack na sociedade e a necessidade de combatê-lo.
A campanha consiste em palestras com psicólogos e ex-dependentes em escolas públicas e particulares, indústrias e bairros da Capital. Também é responsável por publicar fascículos informativos sobre o assunto no jornal O Estado. Estão sendo preparados ainda anúncios educativos de combate às drogas que serão veiculados nas salas de cinema do Ceará, antes da exibição dos filmes.
Além do TJCE, a iniciativa conta com o apoio do Governo do Estado, da Assembleia Legislativa do Ceará, da Ordem dos Advogados do Brasil – Secção Ceará (OAB-CE) e da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Ceará (Fecomércio-CE).
Avanço do crack
De acordo com dados do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), a presença do crack no Brasil vem crescendo assustadoramente. Cerca de 370 mil moradores das principais capitais brasileiras usaram crack, pasta-base, merla e oxi regularmente durante o período de 2012. Os dados são de pesquisa encomendada pelo Ministério da Justiça e revelam que 14% dos usuários, ou seja, mais de 50 mil pessoas, são crianças e adolescentes. A maioria é formada por homens solteiros, negros, pardos e indígenas com baixa escolaridade. Ainda segundo o estudo, 79% dos usuários de droga desejam se tratar, mas têm dificuldade em encontrar ou ser atendidos em postos, centros de saúde e clínicas de recuperação.

Nenhum comentário:

Postar um comentário