Cearense Sergio Machado está entre os ‘top 10’ na Lloyd’s List

Revista britânica inclui presidente da Transpetro entre maiores personalidades do setor naval mundial

O cearense Sergio Machado alcançou a décima posição entre as 100 personalidades mais influentes no mercado marítimo mundial, em 2013. O ranking é elaborado pela tradicional publicação britânica Lloyd´s List. O presidente da Transpetro, subsidiária de transporte e logística da Petrobras, avançou sete posições em relação à lista do ano passado. Em 2011, ele figurou na 19ª e, um ano antes, estava em 40º lugar. Machado aparece no ranking ao lado da presidente da Petrobras, Graça Foster, a exemplo do ano passado, quando ficaram em 17º. Juntos, eles ajudaram a fazer do Brasil a quarta maior carteira de petroleiros e a terceira maior de embarcações do mundo.
Sobre a Transpetro, a revista destaca a consolidação do Programa de Modernização e Expansão da Frota (Promef), com investimento de R$ 11,2 bilhões na encomenda de 49 navios e 20 comboios hidroviários a estaleiros nacionais, até 2020. Em relação à Petrobras, a publicação ressalta o Plano Estratégico da Companhia, que prevê um aumento de 100% na produção e 70% no refino de petróleo nos próximos anos, principalmente com o desenvolvimento do pré-sal.
Outro ponto abordado pela revista diz respeito aos reflexos do Promef no renascimento da indústria naval brasileira, criando empregos e oportunidades no País. O setor saltou de menos de dois mil postos de trabalho na virada do século para mais de 70 mil atualmente, principalmente em virtude da exigência de conteúdo nacional mínimo de 65% (primeira fase do Programa) e 70% (segunda fase) nas encomendas.
A ampla atuação da Transpetro no transporte marítimo e no controle de terminais aquaviários e terrestres, além da operação de dutos, também foi lembrada pela Lloyd´s List. A publicação foi criada em 1734 e é a mais antiga ainda em circulação em todo o mundo.
Seis navios entregues
A Transpetro já recebeu seis navios encomendados a estaleiros nacionais por meio do Promef: os de produtos Celso Furtado, Sérgio Buarque de Holanda, Rômulo Almeida e José Alencar; e os Suezmax João Cândido e Zumbi dos Palmares. Outras duas embarcações estão em fase de acabamento: Anita Garibaldi (Panamax) e Dragão do Mar (Suezmax). Ao todo, há 12 em fase de construção. Além desses, três comboios hidroviários estão sendo construídos e serão entregues à empresa em 2014.



O Promef tem três pilares:
- construir navios no Brasil;
- alcançar índice de conteúdo nacional mínimo de 65% na primeira fase, e de 70% na segunda fase;
- atingir competitividade internacional, após a curva de aprendizado.
Os dois primeiros pilares já foram alcançados. E, com eles, o Promef ajudou a retirar a indústria naval brasileira do abandono em que se encontrava há décadas.
O terceiro pilar, a busca por competitividade internacional, é o atual foco. Para atingir este objetivo, a Transpetro criou o Sistema de Acompanhamento da Produção (SAP), que tem como função avaliar os processos produtivos dos estaleiros e sugerir alternativas para melhoria da produtividade.
Os principais players da indústria naval internacional, como Japão, Coréia do Sul e China levaram, respectivamente, 63, 53 e 23 anos para atingir a maturidade do setor. Em apenas 13 anos, o Brasil já obteve resultados comparáveis aos do mercado chinês.

Nenhum comentário:

Postar um comentário