Ainda tinha foragido do Tatusão do Banco Central

Após 8 anos, polícia prende foragido condenado por assalto milionário ao Banco Central

  • Polícia Federal/AFP
    Notas e armas apreendidas pela Polícia Federal na casa de Antonio Jussivan Alves dos Santos, o Alemão, em Brasília, DF. Ele é o principal suspeito de ter articulado o furto de R$ 164 milhões do BC em 2005 Notas e armas apreendidas pela Polícia Federal na casa de Antonio Jussivan Alves dos Santos, o Alemão, em Brasília, DF. Ele é o principal suspeito de ter articulado o furto de R$ 164 milhões do BC em 2005
Após denúncia anônima, a Polícia Civil prendeu na tarde desta quarta-feira (11) um dos envolvidos no furto milionário ao Banco Central de Fortaleza, ocorrido em 2005, considerado o maior roubo a banco do país. F.C.P., 39, foi localizado na rua Gravi, no Bosque da Saúde, na zona sul de São Paulo.
Segundo a denúncia, o criminoso estaria pelo local a bordo de uma Montana prata, blindada. De acordo com a polícia, durante alguns dias, os investigadores ficaram de campana pela região até encontrarem o homem, por volta das 17h. O criminoso, que não estava armado e não resistiu à prisão, foi levado ao Denarc (Departamento Estadual de Prevenção e Repressão ao Narcotráfico).
"Fê" ou "Fê boy", como é conhecido, era procurado há 8 anos. O mandado de prisão foi expedido no dia 30 de novembro de 2005 pela 11ª Vara de Justiça Federal do Ceará.

Furto

Nos dias 6 e 7 de agosto de 2005 foram roubados do cofre do banco R$ 164,7 milhões --em notas de R$ 50--, quantia que consagrou o assalto como o maior da história do país e o segundo maior roubo a banco do mundo.
A quadrilha --formada por 36 criminosos-- alugou um imóvel próximo ao Banco Central de Fortaleza e cavou um túnel de 89 metros que dava acesso ao cofre do banco. O dinheiro furtado foi dividido entre todos os membros da quadrilha diretamente ligados ao roubo.
O plano para o crime começou cerca de três meses antes do furto, com o aluguel de uma casa próxima à sede do BC. Sob a fachada falsa, o grande fluxo de pessoas e de sacos de terra passava despercebido.
Com base em mapas contendo os sistemas subterrâneos de água, esgoto e telefone de Fortaleza, os ladrões começaram a construir o túnel que ligava a casa à caixa-forte. Toda a passagem era revestida por tábuas de madeira, sacos de areia e lonas plásticas e iluminada por lâmpadas.
O furto aconteceu entre uma sexta-feira e um sábado. Os ladrões atravessaram o túnel e abriram um buraco circular no piso --que tinha 1,1 metro e era reforçado por concreto e aço. Dentro da caixa-forte, uma empilhadeira bloqueou as três câmeras de vigilância e os vigias não perceberam a invasão.

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