A chantagem de fim de ano,mais uma, colou

Pilotos e comissários desistem de paralisação

Após realizar assembleias no Rio, São Paulo, Belo Horizonte, Brasília e Porto Alegre, o Sindicato Nacional dos Aeronautas informou que pilotos, copilotos e comissários de voo desistiram da greve prevista para esta sexta-feira (20). Para sossego dos passageiros, a categoria aceitou a proposta de reajuste feita pelas companhias aéreas.
No início da campanha salarial, o sindicalismo aéreo falava grosso. Exigia reajuste de 12%, noves fora os benefícios sociais. A “exigência” logo seria reduzida para 8%. A Justiça trabalhista determinou que, em caso de greve, pelo menos 80% dos cerca de 18 mil aeronautas deveriam trabalhar. O governo levou à mesa a tese da abertura do mercado à concorrência externa.
Puxa daqui, estica dali, os ex-grevistas toparam o reajuste salarial de 5,6% oferecido pelas companhias aereas. O índice corrige apenas a inflação, sem aumentos reais. O sindicato diz ter sido atendido em “diversos itens sociais para melhores condições de trabalho”. Vai abaixo a nota em que a desistência da greve foi formalizada:
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AspasPequenasOs aeronautas, categoria composta por pilotos, copilotos e comissários de voo, decidiram aceitar as propostas das companhias aéreas, encerraram o estado de greve e cancelaram a paralisação do setor, que estava prevista para iniciar nesta sexta-feira (20/12). A decisão foi tomada em Assembleia realizada hoje, 19, em cinco bases do Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) – Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Brasília e Porto Alegre.
Depois de várias negociações entre o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) e o Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (SNEA), os tripulantes aceitaram reajuste salarial de 5,6% e diversos itens sociais para melhores condições de trabalho, como estabelecimento de piso salarial para copiloto e comandante; previsão de vale alimentação para quem recebe salário líquido até R$ 3.248,01; melhores condições de escala para as tripulantes num prazo de seis meses após o retorno da Licença Maternidade; passe livre (permite que os aeronautas da aviação regular utilizem voos domésticos das empresas congêneres).
Segundo o presidente do Sindicato Nacional dos Aeronautas, Marcelo Ceriotti, “em respeito aos usuários do transporte aéreo e pela fragilidade do sistema da aviação brasileira, decidimos cancelar a paralisação, mas vamos continuar nossa busca por melhores condições de trabalho e para o setor. Buscaremos junto ao governo um trabalho conjunto para implementação de melhorias sustentáveis para o sistema de aviação nacional.

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