Viciados digitais


 
Jornalista tenta deixar dependência digital
 
 
Luis Dufaur (*)
 
 
     Matt Haber, escreveu no “The New York Times” que certa vez sentiu uma vibração no bolso onde leva seu iPhone. Porém era pura imaginação. Ali ele percebeu que estava viciado deveras e que fizera bem indo a um curso de férias na Califórnia para se livrar da dependência digital, junto com mais 300 adultos.
     As atividades consistem em gestos básicos como apalpar com as mãos, cheirar com o nariz e saborear com a língua. Elas incluem hasteamento da bandeira e atividades “tranquilizadoramente regressivas”, segundo Matt.  As regras são simples: nada de telefones, computadores, tablets ou relógios.
     “Minha meta agora é me conectar com as pessoas”, explicava Levi Felix, 28, cofundador da Digital Detox, que dirige o acampamento.
     Uma noite, Matt estava contemplando o céu noturno. Ele pensou que em algum lugar fora do acampamento os iPhones vibravam com as últimas notícias. Mas ele se desinteressou: “Eu estava procurando ver estrelas cadentes, não estrelas de TV”. E ficou satisfeito: o tratamento estava dando certo.
     A Digital Detox não é a única opção. O Betty Ford Center Hospital que trata vítimas do alcoolismo e da droga também oferece terapias para os adictos a Apple e Blackberry num luxuoso resort em Rancho Mirage, Califórnia, segundo o “The Huffington Post”. 

( * ) Luis Dufaur é escritor e colaborador da ABIM
 

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