Generosidade entre colegas


Rui Falcão quer ‘vaquinha’ para pagar multa de Genoino
Presidente do partido espera solidariedade dos militantes para pagar multa de genoino
Marcello Casal Jr ABr - Rui Falcao
Rui Falcão acredita na solidariedade da militância
O presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, Rui Falcão, diz acreditar na generosidade dos militantes petistas para fazer “espontaneamente” uma ‘vaquinha’ e ajudar o ex-presidente do PT e deputado federal licenciado José Genoino (SP) a pagar a multa de R$ 468 mil. Rui tira a responsabilidade do partido e empurra aos companheiros.
“O PT não pode usar recursos partidários para isso, mas imagino que será criado espontaneamente uma rede de solidariedade. Todos sabem que o Genoino não tem a menor condição de pagar essa multa e acredito que os outros companheiros também não”, alegou ao deixar a Papuda, na visita que fez aos mensaleiros.
De fato, a situação não deve estar fácil para o ex-presidente do PT. Apesar de ter sido eleito deputado federal por 27 anos, ganhando o gordo salário de R$ 26 mil mensal, com todas as regalias de parlamentar, Genoino declarou possuir R$ 170 mil em bens e patrimônios. É o que disse ao Tribunal Superior Eleitoral em 2010.
Pela declaração ao TSE, nem se quisesse vender a casa, avaliada em R$ 120 mil, pagaria a dívida quatro vezes maior. Aliás, um dos medos da militância é de que o pobre Genoino tenha que vender a casa própria para ter que arcar com a dívida. Preocupado com isso, um militante lançou um site de ajuda ao ‘companheiro’.
Desde 11 de novembro, o servidor público do Mato Grosso já conseguiu arrecadar R$ 6 mil para ajudar Genoino. O lema dele é “Você que é militante do PT; você que conhece o companheiro José Genoíno; você que sabe dos equívocos no julgamento da Ação Penal 470; deixe a sua contribuição para que José Genoino pague a multa da Ação Penal 470, no valor de R$ 468 mil, e não precise vender a sua casa”.
As multas impostas pelo Superior Tribunal Federal devem ser pagas ao Fundo Penitenciário após 10 dias do trânsito em julgado do processo (decretado no sábado (16)). Para facilitar o pagamento, a lei prevê que a Justiça autorize parcelamento ou conceda até 90 dias para a quitação dos valores.
Quem não pagar tem o nome incluído na lista de devedores da União e poderá sofrer ação para penhora de bens. Ontem, o Diário do Poder mostrou que a dívida dos presos e do foragido (Henrique Pizzolato) acumula R$ 15 milhões.

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