Do Thomaz Magalhães


O cheiro
não é bom
 

O passarinho que aparece para o presidente Nicolás Maduro da Venezuela falando pelo finado Hugo Chávez deve estar a toda. Porque Maduro está numa fria. Os venezuelanos sabe m que estão vivendo mal, faltando dias para as eleições para prefeitos e vereadores, em 8 de dezembro. Ela será um efetivo referendo para julgar Maduro.



Depois dessa eleição, virá a presidêncial na qual Maduro vai enfrentar de novo o Henrique Capriles, que por pouco e por manobras não o venceu no primeiro embate. Tudo de ruim que Capriles previu na administração bolivariana de Maduro, está acontecendo.

A produção de bens despencou e o câmbio está supervalorizado, sua taxa no mercado paralelo é dez vezes maior do que a oficial. A produção agrícola foi dizimada pela reforma agrária bolivariana. Não há mais alimento. O país importa tudo o que consome e não consegue pagar. Falta tudo na Venezuela, até papel higiênico – como em Cuba, o norte da tal “revolução” bolivariana do bufão Chávez.


Para piorar e muito o quadro do país, a falta de investimento e manutenção das refinarias venezuelanas, hoje sucateadas, combinada com a oferta de gasolina quase grátis, levou o país a comprar hoje em dia milhões de dólares em derivados de petróleo, gasolina e gás, dos EUA a preços de mercado.

Pior ainda que isso, por imposição do finado bufão Hugo Chávez, o dono de Maduro, mudou-se também a clientela do petróleo bruto venezuelano exportado. Não são mais os EUA, vizinhos e bons pagadores, mas a China, que paga mais barato e quita a compra com parcelas de empréstimos vultuosos pagos com juros, feitos para Hugo Chávez. E também com a importação de bugigangas.

O outro parceiro que Chávez ajeitou é a Índia, cujo distante destino é de um custo absurdo para os petroleiros que o transportam. Isso é resultado do papo de “mudança do eixo do mundo”, que o bufão Hugo Chávez tinha com o Apedeuta.

A posição de Maduro nessa eleição em semanas é basicamente invisível. Sua pessoa não está na pauta, mas ele sabe que de soslaio os venezuelanos o estão enquadrando para a próxima eleição presidêncial. A imagem de Nicolás Maduro não aparece sequer num cartaz de qualquer candidato no país. Só a de Chavez. Maduro não conta.

Esse desdém por Maduro na campanha eleitoral faz lembrar que a Venezuela é, sempre foi, controlada pelos militares, que ele não é. É um sindicalista. As forças de caserna estão armadas e quietas, como convém politicamente. Estão no mínimo chantageando o pobre presidente, sugando-lhe o que pode lhes dar antes da cacetada, naquela banânia onde a corrupção é a grande força do momento. O cheiro da coisa não é bom.

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