Medo
Nunca
tive medo de alma. Na verdade, nunca tive medo de coisa nenhuma. Nem de alma
era penada muito menos de coisa ruim daqui mesmo. Por isso, as crônicas duras
do Messias Pontes contra a velha ditadura e suas viúvas, assim como”os coisas
ruins” que ele despregava de suas memórias, nunca me assustaram. Tinha horas
que ele ia tão fundo que nós, seus colegas, ficávamos preocupados com as
reações. Mas Messias era puro e tinha opinião. Aqui, volto atrás um tiquinho de
nada: tenho medo de quem não tem opinião. Não tenho medo de mau carater, mas de
acarater. Dai que Messias não nos metia medo porque sua opinião era clara,
cristalina, una, verdadeira. Havia quem discutia e até desaprovava seu discurso
duro contra o que chamava de direitona, mas ninguem tinha coragem de negar que
era um homem digno, de opiniões firmes e muito próprias. Todos defendiam seu
direito de espressa-las. Adorava insultar com ele, numa molecagem bem cearense
de promover a cizania entre a direitona e a esquerda de Messias. E ele ria às
escâncaras, principalmente quando o desafiávamos a contar a história de quando
deixou de ser um comunista sectário; - Quanto tempo perdí sem beber uisque 12
anos porque era coisa de burgues, reclamava morrendo de rir. E defendia Cuba
com paixão, muito antes de conhecer a Ilha. E defendia os regimes fortes de
esquerda o que nos dava mote pra “briga”. E terminávamos rindo e falando de seu
“latifundio” em Itapioca, uma nesga de terra que servia de inspiração pras sacanagens
de nós, seus colegas jornalistas com quem tivemos a honra de conviver espaços,
fosse na mídia, no Comitê de Imprensa, no Sindicato dos Jornalistas, nas
militâncias de esquerda. Era, sempre foi,um homem decente, um jornalista de
texto escorreito, dono de uma opinão inquebrantavel quanto a seus sentimentos
políticos. O diabo desse tal de cancer levou Messias Pontes do nosso convívio
na noite do sábado. Um dia a gente se encontra pela aí, mas por enquanto fica a
saudade do velho parceiro que nunca deixou por menos quando tratava de sua
intocavel opinião que todos defendemos ser o direito de cada um.
A
frase: “Valei-me Meu Padim, Padre Cícero!”
O pessoal do SESC que antes de reunir seminário em Juazeiro foi escorraçado
pelo Crato.
Plac,
plac, plac!!!
Não,
não é onomatopeia de aplauso,não. É o
som que esta coluna ouviu no embarque do aeroporto Pinto Martins, em
Fortaleza. Era o povo se debatendo contra as nuriçocas.
Ingratidão
Raimundo
Macedo era deputado federal. Tirou licença para o primeiro suplente Mário
Feitosa assumir a Câmara depois de ser enganado por cabos eleitorais e
eleitores que o deixaram na reserva.
Esquecimento
Mário,
hoje titular graças a Raimundo Macedo haver sido eleito Prefeito de Juazeiro do
Norte, jamais mandou dizer muito obrigado ou sequer visitar Juazeiro. Emendinha
então, nem pensar. Um discurso...nada. Em 14 vai ter eleição de novo.
Chegada
esperada
Chegam hoje a
Brasilia os restos mortais de João Goulart. Diz que a presidenta Dilma vai
armar pompa e circunstancia para receber o ex-presidente cuja morte, até hoje,
tem gente que desconfia de assassinato.
Dez
mais (Nota da foto)
Chique
dos anos 50 era ser 10 mais do Ibrahin Sued. O DIAP, órgão que avalia
desempenho e prestígio de parlamentar, em Brasilia, botou José Guimarães na
lista dos 10 mais do Congresso.Apenas José Nobre Guimarães, do Ceará, tem seu
nome nessa prestigiosa lista que busca reconhecer a participação efetiva e
verdadeira de parlamentares junto à Nação e aos demais poderes.
Abandono
Sabe
aquelas casas para Juizes construidas anos atrás? Tem várias delas abandonas.
Algumas até invadidas. Revitaliza-las para servir ao Judiciário é o que pensa o
presidente Brígido.
Aliás...
Luiz
Gerardo Brigido não esconde sua preocupação com a falta de Juizes no Ceará.
Fazer concurso pra Juiz é coisa complicada, explica. Vai fazer concurso pra
servidor, outro personagem em falta na história.
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