Artur Bruno defende que os recursos
dos royalties do petróleo sejam todos destinados para melhorar os salários dos
profissionais de educação. Com o leilão do Campo de Libra, a expectativa é que
o montante em royalties chegue a R$ 270 bilhões nos próximos 35 anos. Desse
total, 75% serão destinados para a educação e os outros 25% para a saúde, de
acordo com projeto aprovado pelo Congresso Nacional neste ano. Haverá ainda 50%
do Fundo Social do Pré-Sal (FSP) para as duas áreas. Serão R$ 368 bilhões
advindos do excedente do óleo que será entregue pelas empresas vencedoras do
leilão.
O Brasil hoje tem um déficit de 250
mil professores, de acordo com números publicados pela Revista Exame desta semana.
A profissão é uma das menos atraentes para os jovens brasileiros, com apenas
33% de interesse. Carreiras como de mecânico (36%), eletricista (37%),
trabalhador da construção civil (38%) e secretária (47%) são apontadas como
mais interessantes por esse público. A realidade é diferente em países como
Índia, onde 50% dos jovens consideram o magistério como uma profissão atraente,
assim como Turquia (48%) e México (46%).
“O salário do professor no Brasil é
muito baixo. Isso torna a carreira desinteressante para os jovens. Acreditamos
que investindo para aumentar a remuneração desses profissionais o déficit irá diminuir.
Os royalties serão de valorosa contribuição nesse sentido”, avalia Artur Bruno.
Um professor da rede municipal no País ganha em média R$ 2 mil. Na rede
estadual, o valor médio é de R$ 2,6 mil. O deputado lembra que a previsão é
duplicar esses valores nos próximos seis anos, como determina uma das metas do
Plano Nacional de Educação (PNE) que está prestes a ser aprovado pelo Congresso.
“Essa meta, que é estratégica para dar um salto de qualidade no ensino básico
do País, irá exigir muitos recursos”, observa o parlamentar.
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