Até 2015 serão 30 escolas em tempo integral em Fortaleza


Capital terá 6 escolas de tempo integral em 2014
O ano de 2014 iniciará com novidades na educação municipal de Fortaleza. Seis escolas da rede pública estão sendo adaptadas para receber as primeiras experiências do ensino de tempo integral. O sistema irá beneficiar cerca de 2.880 alunos, do 6º ao 9º ano, e a expectativa é a de que, até 2015, mais 29 novas escolas, no mesmo padrão, sejam construídas pela Prefeitura. Além disso, ontem, foi anunciado que 240 guardas municipais farão rota de segurança no entorno das escolas.
A novidade foi oficializada, ontem, no Paço Municipal, com a assinatura do Decreto para a criação e o Termo de Cooperação entre a Prefeitura, o Instituto de Corresponsabilidade Social (ICE) e o Instituto Natura. As seis primeiras escolas que implantarão o sistema de tempo integral, em 2014, já existem, são elas a Aldemir Martins (Barra do Ceará), Antonieta Cals (São João do Tauapé), Maria do Socorro Alves Carneiro (Vila Peri), Filgueiras Lima (Benfica), Dom Antônio Almeida Lustosa (Edson Queiroz) e José Carvalho (Messejana), uma em cada Regional.
MODELO
Pelo novo modelo de ensino, os estudantes, da faixa etária de 12 a 15 anos, deverão permanecer nas escolas no período de 7h30 as 17h, recebendo lanches, almoço e reforço escolar. De acordo com a assessora institucional da Secretaria Municipal de Educação (SME), Márcia Campos, além das disciplinas de um currículo comum, os alunos da rede pública terão aulas de inglês, esportes, cultura e cidadania.
O titular da SME, Ivo Gomes, informou que a meta é adaptar o tempo integral a todas as faixas etárias das escolas municipais de Fortaleza. Enquanto não é possível, a prioridade é crianças e adolescentes que, segundo ele, são os mais vulneráveis à ociosidade e, consequentemente, suscetíveis à droga e o álcool, como o envolvimento em violência.
“Não estamos inventando nada, temos que nos espelhar nos casos de experiências que deram certo no mundo afora. Em todos os países do mundo que tiveram uma realidade parecida com a que o Brasil vive hoje resolveram esses problemas através de um forte investimento em educação. Não é uma educação qualquer, tem que ser uma educação integral”, afirmou.
INVESTIMENTOS
A adaptação das seis escolas ao sistema de período integral para 2014, mais a construção de 29 novas unidades para funcionar em 2015, terão um custo de R$ 281 milhões. Desse valor, 80% provêm do governo federal, 10% do Estado e 10% da Prefeitura. O prefeito de Fortaleza ressaltou que, a partir do início do próximo ano, todos os alunos da rede pública receberão novos fardamentos, com a oferta de três fardas para cada criança juntamente com material escolar completo.
Ainda de acordo com Roberto Cláudio, a prefeitura está investindo na questão da segurança escolar. “Teremos 40 veículos e 240 guardas municipais, no começo do próximo ano, para fazer uma rota no entorno das escolas para acompanhar a chegada e a saída dos estudantes”, afirmou.
PREFEITO ESCLARECE CANCELAMENTO DE TEMPO INTEGRAL EM CRECHES PARA CRIANÇAS DE 3 ANOS
Sobre a polêmica de que a Prefeitura de Fortaleza estaria acabando com o tempo integral nas creches, o prefeito negou a informação. De acordo com ele, a Capital possui pouco mais de 110 creches para crianças de zero a dois anos e a estimativa é de que o número chegue em 125, a partir do ano letivo de 2015, todas no modelo integral.
No entanto, ele disse que o problema é relativo às crianças de três anos, que não serão mais colocadas em creches. “É que, nessa faixa etária, já começa o processo de aprendizado e de alfabetização. É nessa idade em que as crianças aprendem a diferenciar as letras, as vogais e a começar a escrever seu nome, onde está o embrião do processo de aprendizado. Se a criança, aos três anos, não passar por essa experiência, ela certamente terá comprometimentos no seu processo de aprendizagem”, declarou.
De acordo com Roberto Cláudio, o objetivo da Prefeitura é oferecer duas opções de turnos para crianças do infantil à alfabetização, para assim duplicar a oferta de vagas. “Nosso papel agora é esse, duplicar, temporariamente, as vagas de três anos. Enquanto isso, investir em mais creches como estamos fazendo, e quando entregarmos todas elas, vamos avaliar. Se tivermos contemplado toda a demanda real, de zero a dois anos, não teríamos nenhum problema, e acreditamos em escola de tempo integral, tanto que estamos investindo forte nisso, iniciando essa experiência no ensino fundamental”, explicou.
ANATÁLIA BATISTA
Da Redação

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