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“A ordem agora é baixar os vidros e interagir”
O secretário de Segurança Pública e Defesa Social, Servilho Paiva, esteve, ontem, por cerca de sete horas, na Assembleia Legislativa, onde apresentou as primeiras medidas adotadas à frente da Pasta, ouviu críticas e respondeu perguntas dos parlamentares. A visita atraiu alguns parlamentares ao plenário, contudo, o ambiente foi mais amistoso, apesar dos inúmeros discursos cobrando medidas emergenciais para reduzir o índice de violência no Estado.
O secretário, em sua explanação, mostrou o que vem sendo feito pela Secretaria, principalmente, no tocante a estruturação do sistema de segurança pública. Segundo ele, as medidas anunciadas ainda são muito “genéricas”, mas, em breve, encaminhará informações mais robustas à Casa. Segundo justificou, uma equipe está trabalhando para fazer o levantamento dos dados referentes ao efetivo policial e às áreas de maior problemática. Conforme ele, a Secretaria está “fazendo o dever de casa”.
O pronunciamento, no entanto, se limitou em sua maior parte a falar sobre mudança de gestão, ressaltando que está pensando no planejamento futuro da Pasta. Servilho, porém, evitou falar dos investimentos do Governo do Estado na área, justificando já ser de conhecimento geral. Ele não quis comentar o resultado de gestões anteriores.
REDUÇÃO DA VIOLÊNCIA
Após as explanações, o secretário respondeu às perguntas dos deputados, feitas em blocos. Um dos principais questionamentos foi em relação ao prazo para redução do índice de violência do Estado, em razão do sentimento de insegurança vivenciado pela população. A deputada Eliane Novais (PSB) quis saber quais medidas serão adotadas a médio e longo prazo para redução da criminalidade.
Sobre o assunto, Servilho Paiva afirmou que as ações de médio e longo prazo são as mais viáveis, uma vez que passam por uma discussão desde o seu alicerce. Disse, ainda, que vem trabalhando para solucionar a onda de assalto. “Muito tem se falado em assalto. Isso só funciona com repressão qualificada. Estamos trabalhando, não só a equipe, mas qualificando. E os resultados já são bons neste espaço de tempo”, assegurou.
PROATIVIDADE
O deputado Carlomano Marques (PMDB) parabenizou o secretário pelo trabalho, mas questionou se o atual efetivo é suficiente para atender a demanda. Servilho, porém, informou que “número ideal é aquele que tiver trazendo resultados”. Carlomano indagou também se o Programa Ronda do Quarteirão passará por modificações. Servilho garantiu que Ronda do Quarteirão está passando por formatação. E admitiu que os policiais se acostumaram à comodidade das viaturas. Contudo, agora, a ordem é “baixar os vidros e interagir”. Segundo ele, faltava um pouco mais de “proatividade”, mas é um problema de gestão que está sendo corrigido.
PCC
Outro tema levantado pelos deputados foi em relação à atuação da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) no Ceará, segundo informações de um documento do Ministério Público paulista. Servilho Paiva, por sua vez, comentou que solicitou informações sobre as investigações. Entretanto, criticou o fato das informações terem sido divulgadas antes de ser elucidadas. “Não entendo como oportuna e, não vejo quem ganha com aquela ação”, disse.

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