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Analfabetismo cai 34% no Ceará em 11 anos
A taxa de analfabetismo no Ceará decresceu 34,4% entre 2001 e 2012, revela o Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (IPCE). Esse desempenho é 4,4% superior à redução de analfabetismo no Brasil e 6,1% superior à redução da taxa dos que não sabem ler nem escrever no Nordeste. Estes e outros números constam no IPECE/Informe nº 65 – Perfil do Analfabetismo da População de 15 anos ou mais no Ceará, estudo concluído este mês e cujos detalhes serão divulgados hoje, às 10 horas, no sítio eletrônico www.ipece.ce.gov.br, órgão vinculado à Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag) do Governo do Estado.
Com relação à distribuição espacial, a região Nordeste detém 54% dos analfabetos do Brasil, o que equivale a um contingente de mais de sete milhões de pessoas. Embora os níveis atuais sejam ainda expressivos, na última década a taxa de analfabetismo no Brasil e, analogamente, na região Nordeste e no Ceará, seguiu uma trajetória de queda. O trabalho do Ipece analisa o perfil do analfabetismo com base nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2012 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O estudo revela que 75% dos analfabetos do Estado moravam, em 2012, em municípios localizados no interior. Os economistas do Instituto Luciana de Oliveira Rodrigues, Carlos Alberto Manso, Raquel da Silva Sales e Vitor Hugo Miro Couto elaboraram o trabalho, sob a coordenação do professor Flávio Ataliba, diretor Geral do Ipece.
Aumento inédito
Pela primeira vez em 15 anos, a taxa de analfabetismo das pessoas de 15 anos ou mais de idade aumentou no País, interrompendo uma tendência de queda contínua que se acelerou principalmente desde o fim dos anos 90. Esses dados foram divulgados há um mês pelo IBGE e foram produzidos a partir de dados da Pnad.
O percentual foi de 8,6% para 8,7% entre 2011 e 2012, com um contingente de 13,2 milhões de analfabetos no país. Por região, a Nordeste lidera historicamente esse indicador e concentrava em 2012 mais da metade do total de analfabetos de 15 anos ou mais de idade. A taxa chega a 17,4%, ante os 4,4% do Sul e os 4,8% do Sudeste, que têm os menores percentuais.
A pesquisa mostra também que outros indicadores de educação melhoraram. A média de anos de estudo entre a população com 10 anos ou mais subiu de 7,3 para 7,5 de 2011 para 2012. As mulheres dedicam mais anos ao aprendizado na escola: são 7,7 anos ante 7,3 anos dos homens.
Além disso, a presença de crianças de 4 ou 5 anos nas escolas aumentou de 77,4% para 78,2% no período. Nas faixas de 6 a 14 anos e de 7 a 14 anos ficou estável em 98,2% e 98,5%, respectivamente, mas já num nível elevado. Em outras faixas houve alta, exceto no de 25 anos ou mais, em que ocorreu uma queda de 4,5% para 4,1%.

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