Pra prestar atenção


Deputado defende nova postura do PMDB
Filiado a um dos principais pilares de sustentação do Governo Federal, deputado federal Danilo Forte (PMDB) analisou, com preocupação, o atual contexto da legenda dentro da base governista. Em entrevista ao site Política Real, o parlamentar afirmou que o projeto hegemônico do PT em perpetuar-se no comando da nação exerce grande pressão no PMDB, onde alguns setores defendem o rompimento da aliança que assegurou a vitória de Dilma Rousseff nas eleições de 2010.
Segundo o deputado, o partido do vice-presidente Michel Temer começou a perceber a intenção de “eternização” do PT há algum tempo. Diante deste quadro, recordou Forte, peemedebistas ficaram preocupados como uma postura submissa da legenda iria refletir no futuro.  “Há dois anos a gente fez aquele manifesto na bancada da Câmara quando a gente antevia que a continuar naquele modelo de subserviência, sem uma postura mais firme na defesa da participação do partido como principal aliado do PT no governo, nós iríamos ter o dissabor lá na frente de encontrarmos um projeto hegemônico do PT. Porque o PT tem esta vontade de ser um partido tipo o PRI (Partido Revolucionário Institucional) do México”, comentou.
FRAGMENTAÇÃO
Danilo Forte adiantou que dentro do partido uma corrente quer antecipar a convenção nacional do partido para poder permitir, em 2014, apoio às várias candidaturas presidenciais, que estão postas nos Estados. Algo semelhante aconteceu em 2002. Naquela época, a ex-deputada Rita Camata (ES) foi indicada como candidata a vice do tucano José Serra, que postulava a Presidência da República. Contudo, a ampla maioria dos diretórios estaduais apoiava ou o PT de Lula, ou o PPS de Ciro Gomes. Para o parlamentar, a estratégia não foi uma experiência positiva para a sigla.
“Esta tragédia aí eu não queria vivê-la. Eu acho que o PMDB não pode mais continuar cristianizando seus companheiros como fez naquela época com a Rita Camata e com alguns líderes do partido que ficaram numa situação difícil posteriormente, porque a divisão do partido causou muito constrangimento a alguns deles”, afirmou.
DEMONSTRAÇÃO DE FORÇA
Na análise de Forte, o partido precisa evitar uma perda de espaços ainda maior. Segundo ele, a hora para se tentar dar uma resposta e fazer com que a legenda seja tão responsável pelo governo como é o PT, é agora. A legenda, pondera o parlamentar, tem que mostrar a força dos seus 76 deputados federais e de 21 senadores para possuir Ministérios fortes e que funcionem. Caso contrário, ele acredita no enfraquecimento político da sigla. “Ou o PMDB exige uma participação que lhe é condizente no governo Dilma, ou o partido corre o risco de se tornar numa sublegenda do PT”, pontuou.
O deputado informou que os deputados da legenda que compõem a bancada na Câmara farão uma reunião amanhã, 29, para “fazer um debate profundo”, pois, segundo ele, mais um acordo feito pelo PMDB com o PT e com o núcleo decisório do governo Dilma teria sido rompido. Forte explicou que durante a votação da Medida Provisória (MP) 621/13 que criou o Programa “Mais Médicos”, um acerto foi feito para votar a MP. Na matéria, a emenda do PMDB, que incluiria o Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) dos profissionais que atuam na área dentro do serviço público federal, deveria ser aprovada. E que, conforme ele, depois de feito o acordo, o governo vetou a inclusão do dispositivo. (Com informações do Política Real)

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