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Além de Amarildo, PMs ‘torturaram’ outros 22

Um dos principais problemas das comunidades pobres do Brasil é que a população é incapaz de reconhecer a honestidade de certos policiais e estes são incapazes de demonstrá-la. Veja-se o caso da Unidade de Polícia Pacificadora da favela da Rocinha.
Responsável pelo inquérito que investigou o sumiço de Amarildo de Souza, o delegado Rivaldo Barbosa, da Polícia Civil do Rio, já havia informado que o auxiliar de pedreiro foi moído na tortura antes de morrer. Na noite passada, o doutor adicionou ao caso uma dose extra de horror.
Segundo Barbosa, os dez PMs denunciados no caso Amarildo podem ter torturado outras 22 pessoas. As próprias vítimas narraram as atrocidades. Asfixia com saco plástico, choque elétrico com corpo molhado, introdução de objetos nas partes íntimas e ingestão de cera líquida.
Assim é a vida no subpaís onde não existem embargos infringentes e a pancadaria substitui a investigação policial. Nesta sexta (4), a Justiça decretou a prisão preventiva dos dez PMs que serviam na Rocinha. Entre eles o major Edson Santos, ex-comandante da UPP. Todos se apresentaram e foram presos.
Considerando-se o teor do inquérito, cabe uma constatação: parte dos PMs do Rio anda tão ocupada em pacificar favelas que já nem tem tempo de ser correto.

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