O "Glorioso" vai às ruas


Dilma convoca Exército para garantir leilão
A presidente Dilma Rousseff convocou o Exército, a pedido do governo do Rio, para garantir a realização do leilão de Libra, na bacia de Santos, na próxima segunda-feira, 21. As constantes manifestações na cidade e, por conta disso, uma Polícia Militar exausta, levaram o governo do Rio a fazer o pedido ao governo federal.
A partir de domingo, 24 horas antes do leilão, parte do bairro da Barra da Tijuca, na zona oeste da cidade, terá a segurança controlada pelos militares. A mobilização contará com 1.100 homens entre militares do Exército, das polícias Federal, Rodoviária Federal, da Força Nacional, além de agentes das polícias Civil e Militar do Rio.
O planejamento, até o fechamento desta edição, ainda estava sendo feito, mas é certo que o efetivo ainda pode aumentar. Será publicado no “Diário Oficial da União”, o decreto presidencial convocando a chamada GLO (Garantia da Lei e da Ordem) dando ao Exército, naquela região, o poder de polícia de forma “episódica e temporária”. A participação das forças federais começou a se definir, na segunda passada, em uma conversa entre o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo e o secretário de Segurança do Rio, José Mariano Beltrame.
Padrão normal
“A coordenação da atuação da segurança no entorno do local estará no encargo do Ministério da Defesa. Mas a Força Nacional apoiará nesta atuação. A Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal também vão atuar no evento. Analisamos o plano de segurança e será realizado dentro de um padrão absolutamente normal, com a conjugação de esforços”, disse Cardozo.
As forças federais cuidarão da Barra da Tijuca, controlando, inclusive a entrada e saída de pessoas do bairro, além do trânsito de pessoas ao hotel, onde ocorrerá o leilão. Há dois meses, na visita do papa, forças federais foram responsáveis pela segurança na cidade.
Protesto
Petroleiros em greve fazem manifestação na região da Avenida Paulista contra o leilão do Campo de Libra, marcado para a próxima segunda-feira (21). Os manifestantes ocupam a Praça Oswaldo Cruz e pretendem sair em passeata até o prédio da Petrobras em São Paulo, na Avenida Paulista. A Polícia Militar calcula que há cerca de 100 pessoas no ato.
“É um ato para sensibilizar o governo a parar o leilão de Libra. É a entrega do maior patrimônio, da maior descoberta do Brasil, e a maior descoberta do mundo dos últimos 20 anos. Nós, petroleiros, estamos em greve desde ontem em todo país para sensibilizar o governo a parar com o [crime de] lesa-pátria”, disse o dirigente do Sindicato dos Petroleiros, Vereníssimo Barsante.
“É uma área gigante, mais ou menos o que a Petrobras explorou até hoje. E aí você dá de forma privilegiada para cartéis, o que foi descoberto pelo nosso conhecimento. É uma destruição de um passaporte para o futuro. E pode representar um bilhete premiado para o inferno”, destacou o presidente paulista da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil, Paulo Sabóia. A greve nacional dos petroleiros começou à meia noite de hoje (17) e atinge 18 das 42 plataformas de produção de petróleo da Bacia de Campos, a maior província petrolífera do Brasil, localizada no norte fluminense.

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