Ladrões de fósseis do Ceará


Contrabando de fósseis: cearense está entre presos pela PF
Cinco pessoas foram presas ontem pela Polícia Federal, entre elas um cearense, por participarem de uma organização criminosa especializada no tráfico internacional de fósseis. Entre os detidos está um alemão que era mantenedor de museus de paleontologia nos Estados Unidos e na China. “No Brasil, os fósseis só podem ser explorados para fins científicos e com autorização”, explicou o delegado Adauto Machado.
Em São Paulo foram presas três pessoas: além do alemão, que era o destinatário final de grande parte dos fósseis, foram presos pai e filho que eram expositores na Praça da República, onde vendiam pedras preciosas e semipreciosas aos domingos. Segundo o delegado, o pai era o coordenador do esquema criminoso e trabalhava com fósseis e pedras há 40 anos. Foram presos também um envolvido no Rio e outro no Ceará. Dois outros alemães estão foragidos. Os nomes dos acusados não foram divulgados pela polícia.
A maior parte dos fósseis era procedente do Crato, no Ceará, onde eram extraídos. “Eles extraíam os fósseis na Bacia do Araripe e depois se reportavam a um alvo em São Paulo, que era quem coordenava o esquema criminoso. O alvo de São Paulo contactava o alvo de Minas Gerais, na região de Curvelo, que era o responsável pela exportação do material. A pessoa (de Minas Gerais) recebia os fósseis, ocultava-os em barris, como se fossem pedras e exportava como se fossem pedras semipreciosas, porque aí a exportação seria feita de forma ‘lícita’”, explicou o delegado.

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