Gargalos dificultam crescimento industrial no interior do Ceará

Pelo menos 30 pessoas, entre empresários, políticos, representantes de institutos tecnológicos e da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), participaram da reunião que definiu, para o próximo dia 31, a formação do conselho consultivo para instalação do polo de desenvolvimento industrial no Baixo Jaguaribe. No mesmo dia será inaugurada a Casa da Indústria, do Sistema Fiec, em Limoeiro do Norte, e será iniciada a primeira turma do curso de qualificação profissional na região.
De acordo com o diretor corporativo do Instituto de Desenvolvimento Industrial do Ceará (Indi), Carlos Matos, atualmente a Região Metropolitana de Fortaleza (RMF) concentra 40,9% da população; 70,1% do Produto Interno Bruto (PIB) e 73,4% do emprego formal no Ceará. Já na região jaguaribana, Russas detém 50,9% do emprego formal industrial, seguido por Morada Nova (13,5%) e Limoeiro do Norte (13,4%). Apesar disso, o principal problema está no uso insuficiente de inovações e pouco estímulo às potencialidades econômicas regionais. “Os gargalos são múltiplos e em diferentes setores”, afirmou.
O deputado federal Antônio Balhmann afirmou que é preciso suprir a região jaguaribana com fornecimento de gás natural, essencial para empresas que podem ser instaladas ali, como um polo ceramista. “No Vale do Jaguaribe há muitas fábricas de tijolos e telhas, produtos de baixo valor agregado. Podemos ter fabricantes de revestimentos e porcelanato, de alto valor comercial. Precisamos combater o isolamento logístico da região, que apesar de ficar às margens da BR-116, não dispõe de infraestrutura ferroviária e aeroportuária. O fornecimento de energia também é importante, tanto que deveremos ter um projeto de 100 megawatts, em Russas, de energia solar, e na Chapada do Apodi há um grande potencial eólico”, destacou.

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