Egoismo quer estreitar ciclofaixas

Quem desrespeitar ciclofaixa da Ana Bilhar será multado

Um pouco mais de uma semana de orientação por parte dos agentes da Autarquia Municipal de Trânsito e Serviços Públicos e de Cidadania (AMC) sobre a proibição de circular na ciclofaixa implantada da Rua Ana Bilhar, no Bairro Aldeota, iniciou, ontem, a fiscalização com autuação. De acordo com a assessoria de imprensa da AMC, nenhum motorista foi multado. A fiscalização continuará das 7h às 22h, por tempo indeterminado. Os motoristas que não respeitarem a faixa exclusiva para ciclistas, serão lavrados com multas no valor que podem chegar a R$ 574,62, poderá ter o veículo recolhido, além de ser penalizado com sete pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
Por volta das 16h 30min da tarde de ontem, além da ronda volante, dois pontos estavam sendo fiscalizados pelos agentes. O primeiro estava localizado na confluência da Rua Ana Bilhar com a Avenida Desembargador Moreira e o segundo no cruzamento da Ana Bilhar com José Vilar.
FLAGRANTE
Durante a permanência da equipe de reportagem no primeiro posto, onde dois agentes atuavam, foi possível flagrar um motoqueiro trafegando na ciclofaixa. Ao ver os agentes de trânsito, o condutor escondeu a placa do veículo com uma das mãos para que os agentes não a visualizassem.
“Aliviado.”- foi o desabafo do zelador Roberto da Silva, 43 anos, que diariamente necessita transitar pela Ana Bilhar para ir ao trabalho nas proximidades. “Aqui é o corredor dos motoristas que fogem das avenidas congestionadas, o resultado é que, principalmente, nos horários de pico, a tensão é grande. Com a ciclofaixa, a sensação é de segurança”, afirmou.
A arquiteta Celma Magalhães, 42, que reside na Rua Ana Bilhar chamou atenção para outro problema da via. Segundo ela, nos pontos que os carros podem estacionar, do lado contrário à faixa exclusiva dos ciclistas, tornam a via mais estreita. “Acho que a AMC deveria realizar um estudo e ver a possibilidade de proibir o estacionamento,  deste lado da via, em horário de pico é complicado até a gente entrar em casa”, disse.