Contratou o show e fugiu com o dinheiro do teatro


Calote de empresa que trouxe jogo ao Castelão é de R$ 180 mil
O negócio que trouxe Portuguesa e Flamengo ao Castelão mostrou-se, no fim da noite de domingo, um desastre completo. Se o jogo foi ruim em campo, a tragédia completou-se nos bastidores. A renda de cerca de R$ 810 mil, vinda de apenas 21,9 mil pagantes não só foi pequena como mal paga. Ou melhor, não paga aos credores. Um verdadeiro calote foi no que deu a última vinda do Flamengo a Fortaleza, como anunciado já no domingo pelo consórcio Arena Castelão. A Portuguesa também alegou falta de parte do pagamento, assim como a Federação Cearense de Futebol e a Federação Paulista. “Não pagaram o estádio, as Federações de São Paulo e Ceará, hotel, percentual da imprensa e mais algumas coisas” – publicou em seu Twitter o presidente da Federação Cearense, Mauro Carmélio.
Na verdade, ficaram faltando os pagamentos de (valores aproximados) R$ 50 mil à Portuguesa (o resto foi quitado), R$ 45 mil à Federação Paulista, R$ 81 mil à Arena Castelão e R$ 4 mil à Federação Cearense. O hotel em que ficou a delegação da Portuguesa, na verdade, havia sido pago com antecedência. Somando tudo, o rombo do calote é de cerca de R$ 180 mil.
Em nota oficial publicada no site, a FCF execra o empresário Fabiano Ribeiro Rodrigues, da Xaxá Produções, que comprou a partida junto à Portuguesa. “A FCF vem por meio desta nota, repudiar a atitude absurda da Xaxá Produções, de propriedade do empresário Fabiano Ribeiro Rodrigues, que não cumpriu o acordo feito entre a sua empresa, a Portuguesa dos Desportos, Arena Castelão e a Federação Paulista de Futebol”. Ele sumiu com o dinheiro da bilheteria após a partida e não havia sido encontrado até o fechamento desta edição.
Da mesma forma, manifestou-se a Arena Castelão, que vai à Justiça para receber o dinheiro do aluguel do estádio: “Foram tomadas todas as medidas necessárias para resguardar os direitos da Arena Castelão diante do não pagamento das taxas acordadas. Foi registrado um boletim de ocorrência, ainda na noite de domingo”. Segundo a Arena, é a Lusa quem responderá pelo calote da Xaxá. “A Portuguesa de Desportos, como mandante da partida e pelo regulamento da competição, é a responsável direta pelo pagamento das despesas, taxas e demais valores. (...) Poderá sofrer sanções em caso de não cumprimento do registrado no contrato com a Arena Castelão”. No entanto, o alvo do Castelão na Justiça é a empresa de Fabiano Rodrigues, que será acionada por quebra de contrato. Ainda segundo a nota da Arena, foi feito um levantamento sobre o histórico da Xaxá Produções antes da assinatura do contrato, e naquele momento, não foram encontradas “informações que colocassem em questão a lisura da empresa”.
Lusa defende a Xaxá
Em nota oficial, a Portuguesa demonstra acreditar no pagamento da empresa ao dizer que a Xaxá Produções passou por um “equívoco alheio a sua vontade, o que ocasionou na falta de pagamento de algumas partes”. Segundo a nota, os pagamentos faltantes serão quitados em até 72 horas. No mesmo comunicado, o clube revelou que o valor que lhe era devido foi pago antecipadamente, quase que na sua totalidade, e que o B.O. lavrado em Fortaleza foi um meio de preservar os direitos de todas as partes envolvidas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário