...O Ministério Público ajuíza ação contra multinacional e dois advogados
Segundo as investigações do MP, as famílias que ocupavam os imóveis residiam no local há mais de 30 anos e foram desalojadas sem que houvesse processo judicial. Os dois advogados alegam que o terreno pertence à família deles e que foi feita uma negociação para vendê-lo à empresa, que estaria interessada em instalar torres de geração de energia eólica no local. De acordo com eles, os moradores foram avisados, mas se recusaram a deixar o terreno. No dia 3 deste mês, foi contratada uma empresa para fazer a demolição dos imóveis, destruindo todo o patrimônio material das famílias. Por conta disso, os advogados foram presos em flagrante.
Além da multinacional e dos advogados, também entra no processo o espólio de Francisco José Gonçalves e Francisca Paula Gonçalves, avós dos advogados, que já faleceram e seriam os donos do terreno.
Na ação, o Ministério Público pede que a empresa e os advogados sejam condenados a pagar mensalmente um salário mínimo a cada uma das famílias das casas demolidas. O promotor de Justiça solicita ainda a expedição de mandado de sequestro do imóvel, que implica no bloqueio do terreno, para que ele fique temporariamente sob o poder da Justiça até a finalização do processo. Dentre outras coisas, também foi pedida a indisponibilidade dos bens dos réus.
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