Carro pipa, uma velha mentira que não se desfez

Falta de água atinge 32 comunidades rurais em Iguatu

Cerca de quatro mil famílias em 32 comunidades rurais do município de Iguatu, na região Centro-Sul, enfrentam falta de água. Há vários dias que o carro pipa não faz a distribuição de água para os moradores.
A titular da Coordenadoria Municipal de Defesa Civil de Iguatu, Edileuza Pereira, disse que há quatro meses que a empresa responsável abastecimento de água nas comunidades não recebeu os ecursos do Governo do Estado.
Morador mostra água barrenta que retirada de poço para abastecimento da comunidade no distrito de Alencar. Foto: Alex Santana/Iguatu.net
Morador mostra água barrenta que é retirada de poço para abastecimento da comunidade no distrito de Alencar. Foto: Alex Santana/Iguatu.net
Na comunidade de Várzea Grande, localizada no distrito de José de Alencar, cerca de 100 famílias estão consumindo água barrenta de um cacimbão. “Há um mês que não recebemos o carro pipa aqui”, disse o presidente da Associação de Moradores de Várzea Grande, Manasses Borges. “As cisternas estão vazias”.
Neste mês foram entregues centenas de filtros nas comunidades de Iguatu, uma ação da Defesa Civil do Ceará, mas que estão sem nenhuma utilidade pois não conseguem filtrar a água barrenta nas comunidades.
O sítio Cachoeirinha, em Alencar, também passa por dificuldades. O único poço que atende a comunidade secou e o carro pipa passou no local há uma semana e não possui expectativa para o seu retorno.
Edileuza Pereira declarou que  a situação é grave e a Prefeitura Municipal está realizando as ações na medida do possível. O carro pipa que presta serviço ao governo do Ceará quebrou, e não há previsão para retornar ao trabalho.
O coordenador da Defesa Civil do Ceará, coronel Élcio, disse que sabia das dificuldades em Iguatu e que já foi feito o depósito para o pagamento da empresa responsável pelo abastecimento de água. “Vamos entrar em contato para saber o que está acontecendo, mas esperamos que tudo seja resolvido o mais rápido possível”, disse.
Representantes da empresa Constram informaram, entretanto, que o depósito não foi efetivado. O atraso deve decorrer de mudança no comando na Defesa Civil, além da greve dos bancos. Há informação por parte da empresa de que o caminhão que está quebrado deverá ser consertado o mais rápido.
Deu no DN

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