'Pink Blocs' dão pinta na passeata
Grupo com máscaras cor-de-rosa desfila na Parada Gay em Copacabana
Rio - Mascarados marcaram presença na 18ª
Parada do Orgulho LGBT, ontem, em Copacabana. Mas não eram os Black
Blocs — manifestantes que têm dado o que falar nos protestos pelo
Brasil. Com purpurina da cabeça aos pés e máscara cor-de-rosa, os ‘Pink
Blocs’ desfilaram sem ser incomodados em meio a bandeiras inspiradas no
arco-íris — símbolo da comunidade homossexual. Cerca de 300 mil pessoas
participaram do evento, de acordo com estimativa da Polícia Militar.
Também presente na passeata, o secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, declarou apoio aos homossexuais. “Tudo que conseguimos foi graças a quem teve coragem de vir à rua e dar a cara a tapa. Deus hoje nos mandou esse sol maravilhoso, e essa é a resposta que ele não é homofóbico. Homofóbico são pastores que são contra as formas de amor”.
“É uma paródia, uma referência aos
Black Blocs, pois temos causas em comum”, disse o videomaker Rafael
Puetter, 27 anos, que estava com um grupo de amigos. “Assim como os
Black Blocs, os gays são criminalizados pela sociedade. Encontramos uma
forma de trazer a política para a Parada Gay, pois sentimos falta de
discussões em relação a nossos direitos em eventos como esse”.
Na opinião da coordenadora escolar
Bárbara Jambio, 33, os gays não devem se unir apenas em manifestações.
“Temos que continuar firmes e não desistir”, declarou ela, ao lado de
sua companheira Roseane Farias, 32, com quem está casada há nove anos.
“Mas não é fácil. Na escola onde eu trabalhava, não consegui colocá-la
como dependente do meu plano de saúde”, lamentou Bárbara.
A decisão do Tribunal Superior do
Trabalho, que estendeu recentemente a casais homossexuais benefícios
concedidos a heterossexuais, como a inclusão do companheiro nos planos
de saúde e de previdência privada, é uma grande conquista, de acordo com
o administrador de empresas Ricardo Melandre, 50. Mas ele espera mais.
“Pagamos nossos impostos normalmente”, argumentou.
O deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ) concorda. “Não lutamos por privilégios. Queremos apenas direitos iguais”, afirmou.Também presente na passeata, o secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, declarou apoio aos homossexuais. “Tudo que conseguimos foi graças a quem teve coragem de vir à rua e dar a cara a tapa. Deus hoje nos mandou esse sol maravilhoso, e essa é a resposta que ele não é homofóbico. Homofóbico são pastores que são contra as formas de amor”.
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