O
Brasil recebeu um número recorde de turistas estrangeiros no ano
passado, de acordo com o estudo de Demanda Turística Internacional,
divulgado hoje pelo Ministério do Turismo. O levantamento feito pela
Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) revela que 5,67
milhões de estrangeiros visitaram o país em 2012.
A Argentina se mantém na primeira posição como emissor, com 29% dos
turistas que visitam o Brasil (1,67 milhão), seguida pelos Estados
Unidos (586 mil). A Alemanha, com 258 mil visitantes ultrapassou o
Uruguai (253,8 mil) e conquistou a terceira colocação. Os maiores
emissores de turistas residem na América do Sul (50%), seguidos pelos
europeus (29%) e norte-americanos (13%).
A maioria dos estrangeiros vem a lazer (46,8%), uma parcela menor,
porém importante pela média de gastos no país, vêm a negócios (25,3%) e
os demais chegam ao país para visitar parentes, destinos religiosos,
fazer cursos e compras (27,9%).
Em comum, os turistas estrangeiros têm a satisfação com a experiência
de viagem ao Brasil. A maioria (84,5%) declarou que a viagem atendeu
plenamente ou superou suas expectativas, de modo que 95,7% afirmou que
pretende voltar ao país.
SATISFAÇÃO
“Temos muito a evoluir, mas os dados mostram que estamos no caminho,
que o turista estrangeiro tem tido boas experiências em nosso país”, diz
o ministro do Turismo, Gastão Vieira. A intenção de retorno se
explicada pela boa avaliação dos principais serviços turísticos. Os
serviços mais bem avaliados são a hospitalidade do povo (97,7%), os
sabores da gastronomia (95,5%) e a hospedagem (93,2%).
Os serviços com menor grau de satisfação são os preços de produtos e
serviços (56,1% de aprovação), a telefonia (67,7%), as rodovias (70%) os
aeroportos (73%) e a sinalização (76,5%).
O gasto nas viagens de negócios é quase o dobro (US$ 1599) das
viagens de lazer (US$ 877). Os destinos mais visitados a lazer são Rio
de Janeiro (29,6%), Florianópolis (18,1%) e Foz do Iguaçu (17,3%) e o
ranking das três cidades que mais recebem turistas de negócios é
composto por São Paulo (48,3%), Rio de Janeiro (23,9%) e Curitiba
(4,4%).
MEIOS DE HOSPEDAGEM
A maioria dos turistas ainda se hospeda em hotéis (52,1%) e casas de
amigos e parentes (27,4%). Mas há um crescimento consistente de
hospedagens alternativas, como casas alugadas (de 8% para 11,9% nos
últimos seis anos); de camping ou albergues (de 2,4% para 4,9% no mesmo
período).
Os europeus são os turistas que mais tempo permanecem no país (23,7
dias em média), mais que o dobro dos sul-americanos (10,7 dias). Os
europeus são também os que mais gastam: os espanhóis ocupam a primeira
posição (US$ 1.703), seguidos pelos portugueses (US$ 1.582) e franceses
(US$ 1.509). Os Argentinos gastam em média US$ 648.
A maior parte dos turistas estrangeiros tem nível superior (43,5%),
renda familiar mensal de US$ 4.639 e chega ao Brasil de avião (70%). A
internet é a principal fonte de informação para a maioria deles (33,6%).
“O levantamento mostra que as pessoas têm recorrido a novas fontes de
informação. Os destinos devem estar atentos a essa tendência para atrair
não apenas os estrangeiros, mas o próprio brasileiro”, disse o
secretário Nacional de Políticas de Turismo, Vinicius Lummertz.
O Ministério do Turismo, por meio da Fipe, entrevistou 31.039 pessoas em
10 regiões de fronteira terrestre e 15 aeroportos internacionais
brasileiros.
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