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Manifestantes poderão se acorrentar às árvores no local
Os integrantes do movimento em defesa do Parque do Cocó decidiram permanecer acampados na área e, caso a Guarda Municipal ou a Polícia Militar tentem retirá-los dali, poderão se acorrentar às árvores ali existentes. Esta decisão foi tomada porque existem duas ações judiciais - uma solicitada pelo Ministério Público Estadual e outra pelo Federal -, que ainda não foram julgadas, com relação à questão. Uma é de embargo da obra e outra sobre a derrubada das árvores já realizada, caracterizando crime ambiental. Hoje, permanecem as mobilizações no local e amanhã, à tarde, serão realizadas manifestações no Paço Municipal e no Palácio da Abolição.
Uma decisão da Superintendência de Patrimônio da União (SPU) liberou a obra para construção de viadutos, o que implica em mais desmatamento do Parque. Apesar das declarações do prefeito Roberto Cláudio, de que pretende retomar de imediato a construção dos viadutos, os integrantes do acampamento decidiram continuar a luta pela preservação e legalização do Parque do Cocó. Eles também pedem uma alternativa de mobilidade urbana, fazendo um chamamento a toda a população de Fortaleza para participar dos debates, assinar o abaixo-assinado contra a construção dos viadutos e tomar parte na mobilização.
A Polícia Federal (PF) instaurou, na última sexta-feira, um inquérito de crime ambiental contra a Prefeitura de Fortaleza, pelo desmatamento dentro de uma área de preservação, com base em um laudo expedido pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Este inquérito foi aberto a pedido do MPF, através do procurador Oscar Costa Filho, que tem à sua frente o delegado Thomas Wlassak.

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