Vereador vira "marginal" para deputada Patrícia


Deputados entram na briga de Ciro Gomes e Capitão Wagner

Após denúncias do ex-deputado Ciro Gomes de que haveria uma suposta milícia dentro da Polícia Militar, liderada pelo vereador Capitão Wagner (PR), os ânimos na Assembleia Legislativa andam acirrados. Deputados já consideram a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar ilegalidades e possíveis ações criminosas denunciadas por Ciro.
Ontem, o clima na AL continuava tenso. E piorou ainda mais com as declarações da deputada Patrícia Saboya (PDT), que saiu em defesa do ex-marido e disparou contra o vereador. “Esse capitão Wagner é um marginal. Estou chocada que ainda tem deputada que defende”, acusou.
Conforme ela, Ciro é um “cidadão e tem o direito de dizer o que quiser”. A pedetista não amenizou o tom e especulou um complô entre o PT e o PR, partido do vereador Capitão Wagner. “Existe um complô com um bando de petistas que não se conforma com o que aconteceu, com a derrota nas urnas”, afirmou.
Em pronunciamento, o deputado Osmar Baquit (PSD) deixou claro que acredita nas denúncias contra Capitão Wagner. Osmar destacou vídeo que mostra “claramente” o vereador presente na manifestação das mulheres dos policias, na última partida do Clássico-Rei, “distribuindo camisetas e lanches para as manifestantes”.  “Percebe-se (pelo vídeo) que a ação foi toda preparada e que o vereador cometeu um crime ao incitar a violência dessa forma. Ele prestou um desserviço, provocando medo na população que já tem medo das torcidas organizadas”, destacou.
INTERFERÊNCIA
Para a deputada Eliane Novais (PSB), Ciro Gomes não deveria se pronunciar sobre questões do Estado, sem estar investido de nenhum cargo. Segundo Eliane, é devido a essa interferência que a Segurança “está nessa desordem”.

A opinião da parlamentar é compartilhada com o deputado Antonio Carlos (PT). De acordo com ele, Ciro não pode responder pautas oficiais. “Sobre pautas oficiais, apenas as autoridades competentes podem se pronunciar, senão, dessa forma, só provaremos que o Estado possui dois secretários de Segurança: um formal e um informal”, disse.
CPI
O deputado Roberto Mesquita (PV) ainda aguarda assinaturas para a proposta de instalação da CPI. Mesquita quer legitimar as denúncias de Ciro Gomes. “É uma maneira de mostrar respeito e dar veracidade às suas palavras”, argumentou.

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