Tá no Ancelmo

Expulsando o demônio

Semana passada, um pequeno terremoto abalou o Vaticano. O canal TV2000, ligado a bispos italianos, divulgou que o Papa Francisco havia realizado no domingo “uma prece de libertação do demônio ou um autêntico exorcismo” em um jovem doente (veja na foto). O Vaticano, entretanto, soltou um comunicado desmentindo a informação e dizendo que o Papa tinha, como faz habitualmente, rezado uma prece para um enfermo.

Na verdade, a Igreja, com o avanço dos estudos sobre doenças mentais, tem usado com parcimônia esse ritual de expulsão demoníaca. Nos anos 1960, o Concílio Vaticano II determinou que apenas padres autorizados poderiam exorcizar. Mais recentemente, o Vaticano mudou o manual de exorcismo, que era de 1614. Isso não impediu que o tema despertasse interesse com o sucesso do filme “O exorcista”, em 1973, e que até hoje multidões sejam atraídas por igrejas pentecostais para atos de expulsão de demônios. Ainda assim, há hoje no Brasil cerca de 40 padres exorcistas e uma articulação em marcha para criar o Conselho Nacional dos Exorcistas, nos moldes do Conselho Internacional.

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