Príncipe Imperial bota 14 no xilindró


PF prende 14 no Ceará por fraudes bancárias

A Polícia Federal (PF) deflagrou, ontem, em Fortaleza e em Crateús a Operação Príncipe Imperial, para desarticular uma quadrilha especializada em fraudes bancárias, por meio da clonagem de cartões de crédito. A quadrilha, que vem sendo investigada desde janeiro de 2012 pela PF, agia no Ceará, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Goiás e Distrito Federal.
Dos 18 mandados de prisão expedidos pela 1ª Vara Federal do Ceará, 14 foram executados. Dentre os acusados, está um funcionário da Caixa Econômica Federal, que reside na Capital e colaborava com a quadrilha, passando informações e dados privilegiados de clientes.
Segundo o delegado superintendente da Polícia Federal do Ceará, Renato Casarine, a investigação começou há mais de um ano, com a prisão de um indivíduo, morador de Crateús, quando foi detectado que ele recebia em sua residência um aparelho próprio para clonagem de dados bancários. “A partir desta prisão em flagrante, foi aprofundado as investigações das conexões a esta pessoa e foi esclarecido que se tratava de uma quadrilha que atuava aqui no Ceará e em outros cinco Estados”, explicou.
AÇÃO DA QUADRILHA
Ainda segundo o superintendente, a quadrilha agia “normalmente” em duas fases. Primeiro os criminosos faziam a captura ilegal dos dados bancários dos clientes, mediante equipamentos instalados nos terminais bancários, ou com a colaboração de funcionários de estabelecimentos comerciais. Em um segundo momento, os criminosos executam a fraude propriamente dita, com as transferências bancárias, compras ou saques com os cartões clonados.

“Não temos um número de vítimas, mas apuramos o prejuízo da Caixa Econômica Federal e eles declararam que a quadrilha chegou a movimentar cerca de R$ 2 milhões por ano, sem contar com as outras instituições bancárias”, informou. Ele ressaltou ainda, que é muito difícil para os clientes não serem vítimas de fraudes bancárias como esta, no entanto, o superintendente destacou que uma forma de proteger-se deste tipo de crime é utilizar cartões com chip e senha, o que dificulta a ação de bandidos.
MATERIAL E PENAS
O material aprendido e apresentado pela PF foi encontrado em uma residência, onde estavam dois acusados. O local chamado por eles de escritório, servia especificamente para fabricar os aparelhos de clonagem e os cartões bancários clonados. Os presos responderão, na medida de suas participações, pelos crimes de furto qualificado, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro, com penas que variam de 1 a 12 anos de prisão.

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