Coveiros do DNOCS
Caros amigos
Por mais de uma vez, e para meu
contentamento, leio artigos de autoria do Procurador do Município de Fortaleza,
Geraldo Duarte, enaltecendo as centenárias ações do Dnocs e, nos últimos anos,
sendo um defensor aguerrido do fortalecimento daquele Departamento.
E Geraldo Duarte não é funcionário do
Dnocs. O foi nos anos de 1959 e 1960. Depois ingressou na Prefeitura,
entretanto, não deixou de acompanhar os relevantes serviços ali produzidos. Na
açudagem, irrigação, estradas, piscicultura, serviços de abastecimentos d’águas
de cidades interioranas e outras obras afins de destaque.
Em seu artigo Coveiros do Dnocs, desassombradamente, critica de forma
sintética, mas direta, aqueles que pretendem, a troco não se sabe de quê e para
quê, de forma inconfessável extinguir a
heróica Autarquia.
Duarte apontou o maquiavelismo dos
inimigos do Nordeste para findar o Órgão, quando escreveu:
Transformá-lo de autarquia em empresa pública.
Transferir sua sede para Brasília. Onde está a solução? Ou não é com claro o propósito de extinguí-lo?
Conversei com aquele amigo do Dnocs e, da conversação,
anotei alguns pontos que bem justificam
seu posicionamento aqui reproduzido. Indiscutivelmente, a tão festejada transformação de autarquia para
empresa pública será a última pá de cal no sepulcro daquele heróico
Departamento.
Quais as
justificativas para transformar o Dnocs de Autarquia para Empresa?
-JURÍDICA? Não,
pois ambas têm personalidade jurídicas próprias de direito público;
-PATRIMONIAL?
Não, ambas têm patrimônios próprios;
-FIANACEIRIA?
Não, ambas têm receitas próprias e recursos orçamentários;
-DE ATIVIDADES
OU SERVIÇOS? Não, ambas têm por objetivo a execução de atividades típicas do serviço público, que necessita, para melhor
funcionamento, uma gestão administrativa e financeira descentralizada;e
-Ambas
pertencem à Administração Pública Indireta. Enfim, onde o porquê para tão o
inexplicável transformação?
Pergunto: HÁ
ALGUMA ECONOMICIDADE QUE JUSTIFIQUE A TANSFORMAÇÃO? Nenhuma. Ao contrário
haverá desperdícios, vultosos gastos, perda de tempo, diferenciações no tocante
aos servidores e quadros funcionais, inclusive com os futuros integrantes a
serem concursados.
Tudo isto sem
levarmos em conta às soluções de continuidade, causadas desnecessariamente, vez
que há um patrimônio técnico criado, construído, pesquisado, testado, aprovado
e utilizado há mais de um século em todo o Nordeste nacional.
Cássio Borges (Engenheiro)
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