Iniciativa privada com financiamento federal está colhendo maçã e pera na serra cearense


Produção de frutas de clima temperado já é realidade na Serra da Ibiapaba

Em meio a mais uma seca que castiga o Nordeste, a Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará (Adece) mostra os frutos colhidos de uma ação pioneira realizada no Interior do Estado: a introdução do cultivo de frutas de clima temperado na Serra da Ibiapaba. O projeto, realizado em parceria com o Banco do Nordeste (BNB), Embrapa, o Sebrae e União dos Agronegócios do Vale do Jaguaribe (Univale), teve início em 2010, quando foram selecionadas nove fazendas participantes, onde foram cultivadas culturas como maçã e pera, que obtiveram excelentes resultados em suas safras.
De acordo com relatório da Agência, a produção de maçãs na Serra da Ibiapaba está sendo realizada de setembro a dezembro de cada ano, período que representa um adiantamento de quatro meses em relação à colheita da Região Sul. “O que significa que além de termos novas opções de cultivo em áreas irrigadas do Estado, também podemos ofertar frutas mais frescas aos consumidores e conseguir melhores preços no mercado”, explica o diretor de Agronegócio da Adece, Reginaldo Braga.
Segundo a Adece, já foram realizadas duas safras de maçãs, com produtividades de 10 e 22 toneladas por hectare, respectivamente, nas safras colhidas em janeiro e dezembro de 2012. As variedades “Princesa‟ e “Julieta‟ foram as que apresentaram melhores produções e qualidade de frutos, em maio de 2013 será realizada a terceira indução da floração.
Diferentemente das macieiras, as pereiras iniciam a produção comercial a partir do terceiro ano de idade. Nos dois primeiros anos, os tratos culturais realizados nas plantas (condução, podas e uso de inibidores de crescimento) foram direcionados a promover a formação de botões florais. As plantas dos pomares experimentais instalados no Ceará estão sendo preparadas para iniciarem a floração em junho de 2013, no intuito de colher a primeira safra de peras em outubro.

Projeto
Durante o período de condução do projeto foram realizadas visitas técnicas mensais às fazendas participantes para o acompanhamento das atividades em andamento e fazer as recomendações para as próximas etapas.
“A ideia surgiu por conta de vontade que os gestores dos órgãos e pesquisadores tinham de implementar e avaliar o desempenho agronômico e a qualidade dos produtos obtidos a partir de espécies frutíferas de clima temperado e tropical. Tudo isso em função da nossa busca pela competitividade econômica, novas perspectivas de inclusão social, preservação ambiental, geração de renda e agregação de valor aos produtos finais a serem comercializados”, declarou Braga.

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