Corpus Christi em Fortaleza


Fé leva quatro mil às ruas de Fortaleza

Cerca de quatro mil fiéis participaram, ontem, da procissão de Corpus Christi, que teve seu início na paróquia de São Benedito, no Centro, finalizando na Catedral. O evento, que celebra a presença real e substancial de Cristo na Eucaristia, foi liderado pelo arcebispo de Fortaleza, dom José Antônio Aparecido Tosi. “O corpo e o sangue de Cristo é o próprio Jesus Cristo, não é símbolo com aparência de pão, mas o próprio Jesus, que está no céu, como morreu na cruz”, explicou o padre Armindo Magalhães Duque, pároco da Igreja do São Benedito.
Conforme ele, a celebração que é preceito na Igreja, iniciou-se no século XIII, em Bolsena, Itália, após o padre Pedro de Praga, que durante a consagração, duvidou que em suas mãos estava o corpo  de Cristo. “Após a dúvida, milagrosamente, aquela hóstia transformou-se em carne e gotas de sangue pingaram no corporal, (pano branco de linho)”, reverberou.
Para o padre Armindo Magalhães, o dia do Corpo de Cristo é um momento de refletir sobre o mundo, principalmente, da falta de amor. “Se todos seguissem o ensinamento de Jesus, amai-vos uns aos outros, como vos amei, ninguém passaria fome, outros não viveriam com luxo absoluto ou na miséria. Não existira o mau”, afirmou.
BODAS DE DIAMANTE
Padre Maragalhães informou que cerca de quatro mil fiéis participaram da procissão e ressaltou que este ano, em Fortaleza, a festa realizada sempre às quintas-feiras após o Domingo de Pentecostes, completou, bodas de diamante. Há 75 anos, católicos saem em procissão pelas ruas do centro da Cidade, testemunhando a fé e o amor a Deus.

O radialista Thiago Fontenele ressaltou que o dia de Corpus Christi para os católicos não é visto como um feriado, “mas um dia santo, que todos vivenciam, concretamente, a presença dele [Jesus]”.
De acordo com ele, a procissão comprova que os católicos praticantes, caminham “verdadeiramente” com Deus, e apesar das dificuldades do mundo, seguem os ensinamentos de Cristo. “Dia de preceito, dia mais importante para a Igreja Católica, porque a gente comemora e vivencia o próprio Cristo. Todo esse rito litúrgico, que compreende a celebração caminhando com Cristo,  testemunha nossa fé, que somos cristãos  praticantes, daquilo que o Senhor nos ensina, que é o seu amor e a sua graça”, disse.
Vaderleide Fernandes, 56 anos, funcionária pública, confessou que este é o primeiro ano que participa da procissão, e  realçou “ser um dia importante para todos os católicos praticantes, porque é Cristo vivo na santa Eucaristia”, afirmou.
Já a pedagoga Maria Socorro  Santos, 36, assegurou que todos os anos está presente à celebração, que conforme ela,  “é uma forma de trazer paz e amor à Cidade e esquecer um pouco os problemas que afligem a  população, como a violência”.
Rochana Lyvian
rochana@oestadoce.com.br

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