Fé leva quatro mil às ruas de Fortaleza
Conforme ele, a celebração que é preceito na Igreja, iniciou-se no século XIII, em Bolsena, Itália, após o padre Pedro de Praga, que durante a consagração, duvidou que em suas mãos estava o corpo de Cristo. “Após a dúvida, milagrosamente, aquela hóstia transformou-se em carne e gotas de sangue pingaram no corporal, (pano branco de linho)”, reverberou.
Para o padre Armindo Magalhães, o dia do Corpo de Cristo é um momento de refletir sobre o mundo, principalmente, da falta de amor. “Se todos seguissem o ensinamento de Jesus, amai-vos uns aos outros, como vos amei, ninguém passaria fome, outros não viveriam com luxo absoluto ou na miséria. Não existira o mau”, afirmou.
BODAS DE DIAMANTE
Padre Maragalhães informou que cerca de quatro mil fiéis participaram da procissão e ressaltou que este ano, em Fortaleza, a festa realizada sempre às quintas-feiras após o Domingo de Pentecostes, completou, bodas de diamante. Há 75 anos, católicos saem em procissão pelas ruas do centro da Cidade, testemunhando a fé e o amor a Deus.
O radialista Thiago Fontenele ressaltou que o dia de Corpus Christi para os católicos não é visto como um feriado, “mas um dia santo, que todos vivenciam, concretamente, a presença dele [Jesus]”.
De acordo com ele, a procissão comprova que os católicos praticantes, caminham “verdadeiramente” com Deus, e apesar das dificuldades do mundo, seguem os ensinamentos de Cristo. “Dia de preceito, dia mais importante para a Igreja Católica, porque a gente comemora e vivencia o próprio Cristo. Todo esse rito litúrgico, que compreende a celebração caminhando com Cristo, testemunha nossa fé, que somos cristãos praticantes, daquilo que o Senhor nos ensina, que é o seu amor e a sua graça”, disse.
Vaderleide Fernandes, 56 anos, funcionária pública, confessou que este é o primeiro ano que participa da procissão, e realçou “ser um dia importante para todos os católicos praticantes, porque é Cristo vivo na santa Eucaristia”, afirmou.
Já a pedagoga Maria Socorro Santos, 36, assegurou que todos os anos está presente à celebração, que conforme ela, “é uma forma de trazer paz e amor à Cidade e esquecer um pouco os problemas que afligem a população, como a violência”.
Rochana Lyvian
rochana@oestadoce.com.br
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