Welington
Landim volta a cobrar ações urgentes para minimizar efeitos da seca
no Ceará
O deputado Welington
Landim (PSB) voltou a fazer críticas às ações “inconsistentes” no
combate aos efeitos da estiagem no Nordeste e no Estado Ceará. O
parlamentar é relator da Comissão Especial de Combate à Seca do
Legislativo Estadual.
Ao ler um
ensaio assinado pelo jornalista Édison Silva e publicado na edição
do último domingo (28/4) do jornal Diário do Nordeste, o deputado
citou trecho que fala sobre a existência de 1.254 poços profundos
que foram cavados e lacrados e não estão sendo colocados em
funcionamento. O parlamentar classificou o fato como um desperdício
de dinheiro público e resultado da falta de planejamento da
administração pública.
Welington
Landim afirmou que os perímetros irrigados no CE não estão
cumprindo suas funções e criticou a demora da Companhia Energética
do Ceará – Coelce – que, segundo ele, precisa de cerca de 100
dias para colocar em prática a parte que cabe à empresa na
perfuração dos poços. O deputado ainda destacou o que chamou de
“inflação da seca”, com a subida de preços de itens básicos
da alimentação por causa dos problemas enfrentados na agricultura.
“Isso tornaria necessária a revisão dos valores de benefícios
como Bolsa Família e Seguro Safra”, defendeu.
Ele também
denunciou a diminuição da quantidade de leite distribuída às
famílias cadastradas no Bolsa Família e ressaltou a demora no envio
das 120 mil toneladas de milho, prometidas pela presidente Dilma na
última visita ao Estado. Somente 20% dessa quantidade foram
entregues no Ceará, informou.
Apesar de
considerar o cenário atual como de extrema preocupação, o deputado
elogiou a iniciativa do Bando do Nordeste, que está fazendo um
mutirão para renegociar as dívidas de 100 mil produtores rurais,
mas destacou que deveria haver um programa de crédito que ajudasse
os produtores antigos, que passaram 30, 40 anos para ter um rebanho e
que perderam tudo por causa da seca.
Em aparte,
o deputado Idemar Citó (DEM) cobrou do Governo Estadual que seja
tomada alguma providência em relação à demora das ações por
parte da Coelce. O deputado também disse que o milho enviado pelo
Governo Federal não é distribuído gratuitamente para o produtor e
que falta interesse da Presidência em amenizar os problemas causados
pela seca.
Paulo Facó
(PTdoB) também aparteou, explicando que o Governo do Estado tem
apenas seis máquinas perfuratrizes, das quais duas estão quebradas.
Ele afirmou que o Governo Federal prometeu enviar uma para o Estado,
mas ainda não fez isso. Para Paulo Facó, sem os programas sociais,
haveria retirantes nas capitais e os problemas seriam maiores.
Sérgio
Aguiar (PSB) também cobrou providências do Governo em relação à
Coelce e explicou que vai solicitar a ampliação da zona do
semiárido do Ceará, para que outros municípios atingidos pela seca
também possam usufruir de programas do governo destinados a cidades
localizadas nessa área. A deputada Eliane Novais (PSB) reforçou as
críticas à lentidão do Governo Federal no encaminhamento de ações
para minorar os efeitos da estiagem e chamou atenção para a morte
de 300 mil cabeças de gado só no Ceará.
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