Durante a reunião, foi destacado o
potencial do do Ceará para a 11ª Rodada de Licitação, onde o Ceará tem 11
blocos localizados em águas profundas.
O governador
Cid Gomes se reuniu nesta segunda-feira (22), no Palácio da Abolição, com a
diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis
(ANP), Magda Chambriard. Durante o encontro, foi destacado o potencial do Ceará
para a 11ª Rodada de Licitação, que será realizada nos dias 14 e 15 de maio, no
Rio de Janeiro.
Segundo a
diretora, o Ceará possui inúmeras vantagens na 11ª Rodada, que vai ter foco na
margem equatorial, no litoral, desde o Rio Grande do Norte até o Amapá, dentre
outras áreas (é uma rodada com foco no Norte-Nordeste). "O Ceará está
fortemente contemplado na 11ª Rodada de Licitação, onde nós temos áreas em
águas profundas no litoral do Estado. Mas o Ceará não é só essas águas na
rodada. É mais do que isso. É um Estado estrategicamente localizado, com uma
infraestrutura instalada, com um porto importante, que é o Porto do Pecém, e
localizado bem no meio de uma área, que nós vamos licitar, que abrange uma área
de cerca de 75 mil km², e que vai desde o Rio Grande do Norte até o
Amapá", comentou Magda.
Para Magda
Chambriard, o Ceará tem todo o potencial para o fornecimento de bens e serviços
oriundos da exploração petrolífera. "O Estado só tem a se beneficiar, não
apenas com a exploração e produção, mas também com toda uma prestação de
serviços e fornecimentos de bens para apoio à nossa atividade exploratória em
toda essa margem equatorial brasileira. O Ceará, antes de tudo, tem como se
habilitar para fornecer bens e serviços para toda uma atividade exploratória e
de produção que se avizinha", destacou.
A diretora da
ANP acredita em boas oportunidades exploratórias na área citada, o que deverá
refletir numa grande concorrência nessa 11ª Rodada. "Isso significa
oportunidade de negócios para o Brasil, para a indústria brasileira e para a
indústria nordestina", concluiu.
11ª Rodada de Licitações da ANP - Ceará
A 11ª Rodada
de Licitações da ANP vai oferecer 11 blocos em águas profundas na Bacia do
Ceará, um total de 7.388 Km². O bônus de assinatura mínimo (valor a ser
oferecido pelas empresas para assinatura do contrato) exigido para essas áreas
varia de R$ 4,6 milhões a R$ 8,4 milhões. Os resultados obtidos recentemente, a
analogia com descobertas de óleo leve na África e América do Sul e a
infraestrutura disponível na região colocam a Bacia do Ceará como um dos
destaques da rodada.
Há quatro
campos já produzindo óleo leve na Bacia do Ceará – Atum, Curimã, Espada e Xaréu
– concedidos à Petrobras. A produção em fevereiro deste ano na bacia foi de 82
mil metros cúbicos de gás por dia e 8.452 barris de petróleo por dia. A
Petrobras também é operadora de dois blocos exploratórios, o BM-CE-1 e o
BM-CE-2 no qual foi feita, em agosto de 2012, a primeira descoberta em águas
profundas na bacia.
Foi
comprovada a ocorrência de petróleo durante a perfuração do poço
1-BRSA-1080-CES, conhecido informalmente como Pecém. O poço está localizado a
aproximadamente 76 km do município de Paracuru, na costa do Estado do Ceará, em
profundidade de água de 2.129m. A Petrobras tem 60% de participação do bloco em
consórcio com a empresa BP Energy do Brasil Ltda, que detém 40%.
A Bacia do
Ceará tem como sucesso exploratório análogo descobertas de óleo leve na África,
como o campo de Jubilee, em Gana. E, na América do Sul, a descoberta de
Zaedyus, na Guiana Francesa. A bacia integra a margem equatorial do Brasil, que
será o destaque na rodada e que inclui áreas no Amapá, Pará, Maranhão, Piauí,
Ceará e Rio Grande do Norte. A margem equatorial é formada pelas bacias da Foz
do Amazonas, Pará-Maranhão, Barreirinhas, Ceará e Potiguar, todas de nova
fronteira exploratória. O surgimento ou crescimento das atividades petrolíferas
nesses estados deverá gerar emprego e renda para a população local.
Sobre a 11ª rodada
Vão ser
licitados 289 blocos em 23 setores, totalizando 155,8 mil km², distribuídos em
11 Bacias Sedimentares: Barreirinhas, Ceará, Espírito Santo, Foz do Amazonas,
Pará-Maranhão, Parnaíba, Pernambuco-Paraíba, Potiguar, Recôncavo,
Sergipe-Alagoas e Tucano. Dos 289 blocos, 166 estão localizados no mar, sendo
94 em águas rasas, 72 em águas profundas, e 123 em terra.
O objetivo da
11ª Rodada é promover o conhecimento das bacias sedimentares, desenvolver a
pequena indústria petrolífera e fixar empresas nacionais e estrangeiras no país,
dando continuidade à demanda por bens e serviços locais, à geração de empregos
e à distribuição de renda. Para alcançar esses objetivos, a ANP mantém a
aplicação de regras de conteúdo local, que possibilitam o fortalecimento de
fornecedores nacionais de bens e serviços. A oferta de áreas em diversos
estados brasileiros contribuirá para a redução das desigualdades a partir da
descentralização da produção de petróleo e gás no país, incentivando o
crescimento da indústria petrolífera em regiões em que este segmento é
inexistente ou incipiente.
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