A saúde de Fortaleza na prancheta de Roberto Claudio,Prefeito


Atenção primária terá fortes mudanças

SARA OLIVEIRA
saraoliveira@oestadoce.com.br

Mais de R$ 50 milhões custearão a reforma de 75 e construção de 25 postos de saúde na Capital. As três primeiras novas unidades, no entorno do Castelão, já têm ordens de serviço assinadas e a promessa da Prefeitura é de que, em 2014, mais 20 sejam erguidas do zero. Ontem, durante a posse de 108 gestores da rede de Saúde de Fortaleza, foram anunciadas, ainda, ações como concurso público para o Hospital da Mulher, no segundo semestre, e cobertura de 65% do Programa de Saúde da Família ainda este ano.
“Botar para funcionar todas as unidades de Saúde”. A frase, que marcou a campanha eleitoral do prefeito Roberto Cláudio, deverá ser colocada em prática a partir de obras estruturais, gestores escolhidos por seleção pública e nova perspectiva de funcionamento dos segmentos da Saúde. O prefeito, que empossou, ontem, diretores de hospitais, coordenadores de Centros de Saúde e chefes de distritos de Saúde, prometeu mais medicamentos, aparelhos de ar condicionados e outros equipamentos. “O que foi deixado, na Saúde, é espinhoso, mas estamos aqui descascando abacaxi”, ressaltou.

O prazo para que a população tenha postos “quase como se queira” é final deste ano. Para outros problemas da Saúde, a ação deverá ser cautelosa, principalmente, por questões financeiras. O prefeito definiu data para realização de concurso público, sendo um dos grandes gargalos do setor, hoje, a terceirização de profissionais. “Inicialmente, o anúncio de concurso será para o Hospital da Mulher, mas, no segundo momento, também para a atenção primária”, afirmou, destacando a ampliação do Programa Saúde da Família. Com 112 novos médicos, que participam, por um ano, do Programa de Valorização do Profissional da Atenção Básica (Provab), o Programa de Saúde da Família terá cobertura de 50%.
TERCEIRIZADOS E MEDICAMENTOS
“Para dar conta do resultado, é preciso estrutura: das pessoas que trabalham, do investimento em ambiência e dos novos processos de trabalho”, afirmou a titular da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), Socorro Martins. Conforme ela, outras empresas estão sendo identificadas para substituir os serviços dos terceirizados do Instituto de Desenvolvimento e Apoio à Gestão em Saúde (IDGS), que teve contratos cancelados com a nova gestão municipal. “Algumas empresas tinham muitas dívidas e nós não conseguimos honrar o compromisso. Essas empresas também não tinham certificados corretos, necessários para manter o pagamento do contrato”, destacou. A secretária informou que as unidades de Saúde já estão sendo abastecidas com estoques de medicamentos. “É um ponto de fragilidade. Nós tivemos quase 400 empenhos anulados no dia 31 de dezembro, ocasionando uma dificuldade de abastecimento. Mas revemos todos os pregões e estamos formando novos fornecedores”, detalhou Socorro Martins.

Para as reformas dos 75 postos, os custos serão de R$ 18 milhões e outros R$ 31 milhões serão destinados à construção das 25 novas unidades. A secretária destacou o investimento de R$ 2 milhões em serviço e pontos de internet e R$ 1,4 milhão para climatização.
HOSPITAL DA MULHER
O novo diretor do Hospital da Mulher, Francisco Rogério Rodrigues Menezes, afirmou que a unidade começou a funcionar – em agosto de 2012 – sem planejamento e, portanto, funciona com menos de 50% de sua capacidade e “de forma muito precária”. Ele não soube precisar os valores dos recursos repassados pelo Ministério da Saúde – divulgados em R$ 24 milhões. “Apesar de já estar definido, ainda não está sendo, até o momento, destinado ao Hospital da Mulher”, acrescentou, justificando que a gestão do dinheiro ainda está sendo feita pela SMS e não diretamente na unidade.

REFORMA OU CONSTRUÇÃO DE UNIDADES
REGIONAL I: três construções, nove reformas e uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA)
REGIONAL II: uma construção e 10 reformas
REGIONAL III: duas construções e 10 reformas
REGIONAL IV: três construções, 11 reformas e uma UPA
REGIONAL V: sete construções e 13 reformas
REGIONAL VI: 20 reformas, nove construções e uma UPA
REGIONAL CENTRO: uma reforma

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