SInuca de bico no governo de Dilma.


Dilma não tem como escapar do PMDB

Na semana em que uma abriu crise em seu partido ao criticar o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), possível candidato à Presidência da República em 2014, o ex-ministro Ciro Gomes atacou a aliança da presidente Dilma Rousseff (PT) com o PMDB do vice-presidente Michel Temer. Segundo ele, será muito difícil a presidente escapar de uma coalizão fundamentada no apoio do presidente do Senado, Renan Calheiros, e do presidente da Câmara, Henrique Alves, ambos do PMDB.
“Se escapar [dessas alianças], eu quero o santo dela para trocar o da minha devoção. Eu não acredito que escape”, disse antes de evento com empresários baianos, em Salvador, onde palestrou.
Apesar disso, o ex-governador do Ceará e ministro dos governos Lula e Itamar Franco disse que a presidente “está qualificada” para tentar a reeleição no ano que vem. Para Ciro, o PSB participa apenas “das migalhas do banquete fisiológico da coalizão PT-PMDB”, sem ter “a menor influência” no governo federal.
Sem proposta
Além de voltar a dizer que Eduardo Campos --presidente de seu partido-- não tem proposta para o País, ele avaliou as pretensões de Marina Silva (Rede) e Aécio Neves (PSDB) para 2014. Ainda que o trio tenha “todos os dotes e qualificações pessoais” para o cargo, isso não seria suficiente. “A Marina pegou o lugar que era nosso [do PSB]. Só por essa negação, essa ética católica, essa posição evangélica, enfim. Tem uma turma aí que está desacreditada da política. Ela quer explorar isso, né”, disse Ciro. Já a estratégia de Aécio, segundo acrescentou, será aproveitar “a estrutura orgânica do conservadorismo brasileiro”.

Sucessão de Cid
“É cedo demais para se falar em sucessão estadual”, advertiu Ciro, referindo às declarações de alguns petistas, um deles o vereador Deodato Ramalho, que defendem que o PT tenha candidato próprio ao Governo do Estado, nas eleições de outubro de 2014, rompendo, assim, a aliança estadual com o PSB. “Nós ainda estamos lambendo as feridas da luta de 2012, quando o PT, principalmente sua presidente estadual, Luizianne Lins, desferiu muitos golpes profundos contra o PSB”, reforça.

Ele observou que os partidos da aliança situacionistas têm nomes, mas a última palavra, quando chegar a hora de escolher o postulante, será do governador Cid Gomes. “Eu postularei, junto aos outros, respeitando a cada um, que o PSB tenha o seu próprio candidato ao comando do Ceará”.
O ex-ministro não quis apontar nome do PSB para suceder o governador Cid Gomes, mas garantiu que o partido tem vários, e todos em condição de disputar e ganhar a eleição. “O que de bom está acontecendo agora no Ceará deve continuar e isso é bom com o PSB”, enfatiza. (com informações de Tarcísio Colares).

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