"Vamos dar celeridade às obras de moradia"

Com o objetivo de fazer um “levantamento técnico” para dar segmentos aos trabalhos da Fundação de Desenvolvimento Habitacional de Fortaleza (Habitafor), a nova presidente da Pasta, Eliana Gomes, iniciou na manhã de ontem, uma série de inspeções, em obras em andamento e não concretizadas pela gestão anterior. Segundo Eliana, após os primeiros 100 dias do ano, é que poderá revelar o diagnóstico produzido pela Pasta.
Em visita ao açude João Lopes, no bairro Elery, que teve investimento de cerca de R$ 6,7 milhões, do Programa de Aceleração do Crescimento  (PAC- I) e que desde março do ano passado, as obras de urbanização, como a construção da praça, implantação de equipamentos sociais e de geração de emprego e renda, estão paradas, Eliana Gomes, afirmou que “as visitas são necessárias, para que inspecionando as obras, conversando com os populares, obterá o retrato da realidade, e a partir de então, buscar resoluções”.
Além do açude João Lopes, a secretária visitou a Lagoa do Urubu que já beneficiou 44 famílias e atenderá pelo menos mais 65 no bairro Padre Andrade, e o Vila do Mar, maior intervenção urbana da América Latina, cuja meta é beneficiar 300 mil pessoas.

PRIORIDADES
Segundo ainda Gomes, uma das prioridades da Pasta é “dar celeridade às obras do Minha Casa Minha Vida (MCMV), que segundo ela, na antiga gestão foram entregues, 920 unidades habitacionais. Temos a meta de ao final dos quatros anos, entregar 20 mil casas, porém, estamos fazendo um diagnóstico, para verificar o que está faltando e apresentar aos movimentos sociais e à Câmara de Vereadores”, assegurou, enfatizando que “a presidente Dilma Rousseff acertou o passo, porque sabe que o município não pode fazer só, ele precisa dos movimentos sociais, que também têm essa propriedade”, disse.

REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA
Além das melhorias habitacionais, outro grande problema que a nova titular deverá deliberar, é a regularização fundiária. Lei que visa à regularização de assentamentos irregulares e a titulação de seus ocupantes.

Atualmente em Fortaleza, segundo o IBGE, 16% da população mora em lugares impróprios, como as favelas, contudo, Eliana Gomes, afirmou que, em alguns conjuntos do município, apenas começou o processo de regularização fundiária, com a entrega dos termos de permissão. “Nós temos terrenos do Instituto de Nacional do Seguro Social (INSS), Secretaria do Patrimônio Público (SPU) e da extinta Rede Ferroviária Federal Sociedade Anônima (RFFSA), estamos fazendo uma avaliação de todos projetos.
O papel da Casa é uma questão que mexe na cidadania, uma dívida muito alta que o município tem com essas famílias, e há um interesse por parte do prefeito Roberto Cláudio que isto seja feito”, declarou afirmando que, na próxima semana se reunirá com a Associação dos Notários e Registradores do Brasil (Anoreg) para verificar toda a pendência e qual a parceria que será feita.”O caráter que vamos dar à Habitafor é de transparência. Vamos fazer esse diagnóstico e, se tudo correr bem, daqui a três meses mostraremos na Câmara Municipal, como estamos fazendo o nosso trabalho. Temos que fazer o programa Minha Casa, melhorias habitacionais, regularização fundiária, terminar obras e verificar as áreas ocupadas”, disse. (Rochana Lyvian, da Redação).

Nenhum comentário:

Postar um comentário