Uma das bocas é nossa, no Pecém



Petrobras paga
conta da luz
 


Enquanto o governo petista alardeia que vai manter o desconto de 20% no valor das contas de eletricidade, a Petrobras gasta uma fortuna importando GNL, gás natural resfriado ao estado líquido para o transporte, usado como um combustível substituto no Brasil, em usinas termelétricas quando os níveis de hidrelétricas caem - como acontece agora.

O Brasil está pagando preços muito altos por importações de emergência, principalmente para produzir eletricidade no nordeste, especialmente pela concorrência dos mercados asiáticos nesta época de rigoroso inverno lá, concorrendo fortemente na demanda internacional - que tem ainda a compra antecipada e programada da Argentina.

Traders de GNL acreditam que a Petrobras pode ter pago recentemente até 17 dólares por milhão de BTU (unidade térmica britânica), um preço muito alto, acompanhando os da Ásia. Na Europa ele não passa de 11 dólares por milhão de BTU. Nos EUA, onde o gás é abundante, custa 3 dólares por milhão de BTU.

A seca no norte do Brasil está muito agressiva, por isso a Petrobras está comprando tudo o que pode, para não ficar sem. O Brasil tem dois terminais de importação de GNL, um em Pecém, ao norte de Fortaleza, no Ceará, e um no Rio de Janeiro. Duas cargas de GNL já chegaram ao terminal de Pecém, no Nordeste, este mês. A instalação geralmente não recebe gás natural em janeiro ou fevereiro porque as chuvas já ajudam na produção de energia hidrelétrica.

Não está acontecendo. Um terceiro navio, o Excelsior, está ancorado a poucos quilômetros do terminal, mostram dados de rastreamento de embarcações da Reuters. O navio Artic Voyager é esperado no Brasil em 22 de janeiro, com mais gás GNL para ser queimado nas termelétricas - enquanto a construção das hiderelétircas continua emperrada a troco de processos judiciais a proteger bagres, tuiuiús, macacos e índios. Se o custo desse gás liquefeito não vai para para a conta da luz, vai para a da combalida Petrobras.
 
Por: Thomáz Magalhães

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