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Mano ganha R$ 4,3 milhões para deixar seleção

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SÉRGIO RANGEL
DO RIO
Seleção Brasileira O técnico Mano Menezes recebeu cerca de R$ 4,3 milhões ao ser demitido da seleção brasileira. No mês passado, o presidente da CBF, José Maria Marin, pagou R$ 2,8 milhões somente de rescisão ao treinador, segundo documento obtido pela Folha.
Desempregado desde então, Mano ainda teve direito a sacar cerca de R$ 1,5 milhão do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço), incluindo a multa de 40% paga pela confederação.
Do total, foram descontados R$ 388 mil de Imposto de Renda. Com carteira assinada pela confederação, Mano recebia R$ 517 mil mensais para comandar o time nacional, que atualmente ocupa a 18ª colocação no ranking mundial de seleções da Fifa.
Ele foi demitido no final de novembro por Marin. Desde que assumiu o comando da CBF em março, o dirigente resistia a manter Mano no cargo até a Copa de 2014.
O técnico foi substituído por Luiz Felipe Scolari, que vai receber um salário superior. O valor é mantido em sigilo pela cúpula da entidade.

Rafael Ribeiro/Divulgação/CBF
O técnico Mano Menezes durante jogo do Brasil contra o Japão, na Polônia
O técnico Mano Menezes durante jogo do Brasil contra o Japão, na Polônia
O montante da rescisão de Mano inclui também o pagamento integral do 14º salário. No ano passado, a CBF distribuiu o bônus a todos os funcionários. Em 2011, último ano em que Ricardo Teixeira comandou a CBF, os funcionários receberam 16 salários.
De acordo com o último balanço da confederação, a entidade teve um lucro de R$ 73 milhões em 2011.
Mano foi admitido oficialmente em 1º de setembro de 2010, 20 dias depois de seu primeiro jogo pela seleção. Ao deixar o cargo, o ex-técnico do Corinthians ganhou também 36 dias de aviso prévio, o que correspondeu a um total de R$ 621 mil.
Mano foi a terceira opção de Teixeira para a seleção. O cartola dizia a dirigentes da CBF, pouco antes de deixar o poder, que não acreditava que o treinador teria sucesso na Copa de 2014, no Brasil.
Mano assumiu o cargo após Muricy Ramalho, à época técnico do Fluminense, hoje no Santos, recusar a proposta. Scolari havia sido sondado na ocasião, mas declinou do convite na época.
Após ser demitido, Mano preferiu o silêncio. Ele não deu entrevista para comentar a decisão da diretoria da CBF.
O técnico se limitou a postar mensagens na sua página na internet e no Twitter no dia em que foi demitido. Na última mensagem postada no microblog, o técnico desejava "sucesso à seleção na conquista do sonho maior da nossa torcida que é o título do hexacampeonato de 2014".

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